Foto: divulgação No Maranhão existe um processo acelerado de derrubadas de florestas em áreas protegidas por Lei, fruto de um modelo predatório que é o agronegócio, além de máfias de grileiros e madeireiros. Os prejuízos são incontáveis, do ponto de vista ambiental, social e econômico.
Um recente crime social e ambiental ocorreu no município de São Bernardo-MA. Lá, houve a derrubada de aproximadamente 100 palmeiras de babaçu, por um fazendeiro, em conflito com a comunidade São Miguel. As palmeiras de babaçu são fundamentais para o sustento das famílias. E elas são protegidas pela Lei nº 4734 de 18 de junho de 1986, que proíbe a derrubada.
Para relatar sobre o ocorrido, o Jornal Tambor dessa quarta-feira (14/09) entrevistou o morador da comunidade tradicional São Miguel no município de São Bernardo, Fernando Silva dos Santos.
(Veja, ao final desse texto, a edição do Jornal Tambor, com a entrevista de Fernando Silva dos Santos)
De acordo com Fernando, os moradores foram surpreendidos com a ação criminosa do fazendeiro Fábio Bernardo Silva Almeida, que se diz dono das terras, sem nunca ter comprovado essa suposta posse. Ele vem desmatando a região, sem licença ambiental, desde janeiro deste ano de 2022. “A gente ficou sem saber o que fazer. Ele derrubou mais de 100 palmeiras, uma crueldade”.
Sobre o conflito, o morador disse que foi realizada uma audiência, entre a comunidade e o fazendeiro, na tentativa de um acordo, mas terminou sem solução. Fernando falou que o fazendeiro tem agido de forma violenta e que chegou a ameaçar a comunidade. “Ele tem ameaçado a gente com facões!”.
Fernando informou que a Secretaria de Meio Ambiente do Município visitou a comunidade, porém nenhum outro órgão público se pronunciou diante do caso. O morador destacou que é necessário haver uma ação do estado, contra esse desmatamento das palmeiras de babaçu.
(Veja abaixo, em nosso canal do Youtube, o Jornal Tambor com a entrevista completa de Fernando Silva dos Santos) 👇🏾👇👇🏿