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CPT informa! Bolsonarismo fez crescer violência contra trabalhadores rurais

seminário do lançamento do Caderno Conflitos no Campo Brasil 2022, no Auditório Esperança Garcia, na Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB)/FOTO: CPT

Aumentaram os conflitos fundiários no Brasil ao longo dos últimos quatro anos. Com a chegada de Jair Bolsonaro ao poder – e consequentemente, o incentivo à distribuição e uso de armas -, os trabalhadores rurais, os povos tradicionais e os indígenas passaram a sofrer uma carga maior de violência. E o Maranhão está no centro do problema.

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) lançou na segunda-feira (17/04), em Brasília, a publicação anual de conflitos no Campo Brasil 2022, que traz dados assustadores sobre essa violência.

Para falar sobre o assunto, o Jornal Tambor de segunda-feira (17/04), entrevistou Andréia Silvério, integrante da Coordenação Nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT).

(Veja, ao final deste texto, a edição do Jornal Tambor com a entrevista de Andréia Silvério)

A violência dos latifundiários, de gente ligada ao chamado agronegócio, tem se dado na divisão das terras camponesas, na grilagem (fraude de documentos), nas ameaças, nas tentativas de homicídio e nos assassinatos, propriamente ditos.

A data escolhida para o lançamento do documento da CPT marca os 27 anos do massacre de Eldorado dos Carajás, quando vários maranhenses foram barbaramente executados.

Andréia disse que o objetivo do lançamento é levar para a sociedade a discussão e tornar mais “visível” a violência contra os povos no campo. Segundo ela, o governo de Jair Bolsonaro foi responsável por 16% dos conflitos levantados pela CPT em todo território nacional, em 2022.

“A situação desses povos nos traz um retrato do que foi a omissão e a conivência do governo federal com a situação dos conflitos e com a violência que atacava diretamente as comunidades”, afirmou Andréia.

A integrante da CPT declarou que houve um aumento nos crimes violentos no campo em relação ao ano passado, principalmente na Amazônia Legal, onde ocorreu cerca de 70% dos assassinatos no campo registrados no país.

Para Andréia é preciso construir um programa de proteção “sólido” para garantir a proteção dessas pessoas que estão sendo ameaçadas em seus territórios.

“Em 2022, infelizmente, registramos o número de 47 assassinatos e também cresceu o número de tentativas de assassinatos. A partir disso, nós constatamos que existe essa escalada da violência contra essas pessoas “, complementou Andréia Silvério.

(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Andréia Silvério)

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