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O problema passa pelo atual governo Bolsonaro, incluindo o estímulo à violência e o desmonte do Incra. Mas a questão também é um assunto estadual, onde existe impunidade, licença ambientais absurdas e o avanço do latifúndio.
Estamos falando de mais um caso de violência no campo, ocorrido no Maranhão, no munícipio de Barra do Corda, no dia 1° de abril.
Para tratar do assunto, o Jornal Tambor ouviu Edimilson Costa, agricultor familiar e atual secretário de Política Agrária da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras do Estado do Maranhão (Fetaema).
(Veja abaixo a entrevista com Edimilson Costa no Jornal Tambor)
A Fetaema denuncia a violência que o trabalhador rural João Batista e sua família sofreram. Eles tiveram sua casa queimada e João foi sequestrado, junto com sua esposa.
Sacos de arroz também foram queimados e seus animais baleados. Em diferentes denúncias, um homem com nome de Valdeci aparece como sendo o autor desses crimes. Vários boletins de ocorrência foram feitos, por conta de ameaças anteriores.
Esse problema de Barra do Corda passa diretamente pelo Incra, que não regularizada a situação dos posseiros.
O secretário da Fetaema destacou que este tipo de conflito no campo, recorrente no Maranhão, resulta do avanço do agronegócio, do latifúndio, da grilagem de terras. A reforma agrária, que daria solução a estes problemas, não é pautada no Brasil. “Esse desenvolvimento é para quem?”, questionou.
Edimilson Costa também trouxe dados alarmantes resultados da violência por conflitos fundiários no Maranhão. A Fetaema apurou que em 2020, 79 trabalhadores rurais sofreram ameaças de mortes, e o número saltou para 338, em 2021. Além disso, de três assassinatos em 2020, aumentou para oito em 2021.
Ele também disse à Agência Tambor que o agronegócio está destruindo o cerrado maranhense. “É um modelo de desenvolvimento excludente”.
(Veja abaixo, na íntegra, a entrevista com Edimilson Costa para o Jornal Tambor) 👇🏿👇🏾👇🏼👇