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Barbárie! Maranhão liderou assassinatos de defensores de direitos humanos durante mandato de Bolsonaro

Dona Maria, viúva de Edvaldo, segurando foto dele | Foto: João Paulo Guimarães/Agência Pública

A pesquisa “Na Linha de Frente: violência contra defensoras e defensores de direitos humanos no Brasil”, revelou dados de violências direcionadas a militantes desse segmento no país. O estudo foi realizado no período de 2019 a 2022, quando Bolsonaro esteve na presidência.

O trabalho foi desenvolvido pelas organizações Terra de Direitos e Justiça Global e expôs que por mês, em média, três defensores de direitos humanos são assassinados no Brasil. 

O Maranhão tem a maior quantidade de defensores e defensoras assassinados nesse período, com 26 pessoas mortas. Ocupando a primeira posição.

Uma das várias pessoas assassinadas no estado, neste período, foi o quilombola Edvaldo Pereira Rocha, no município de São João do Soter. Ele foi covardemente executado em 29 de abril de 2022.

Edvaldo era um dos líderes da comunidade Jacarezinho, que há anos tem lutado pela titulação da sua comunidade quilombola. 

Leia também: Discriminação salarial! Sindicato diz que Suzano faz diferença entre trabalhadores do Maranhão e São Paulo

Existe conflito judicializado com empresas de agronegócio. O território está localizado no Matopiba, região ameaçada pela degradação ambiental e violência.

Para tratar dessa questão, o Jornal Tambor de segunda-feira (26/06), ouviu Darci Frigo, coordenador da Terra de Direitos.

(Veja, ao final deste texto, a edição completa do Jornal Tambor com a entrevista de Darci Frigo)

Segundo o levantamento, foram identificados 1.171 casos de violência, sendo que 131 casos foram registrados somente no Maranhão. O estado ocupa o 2° lugar no número no raking de violações.

Darci declarou que a pesquisa fez uma “leitura” dos quatro anos do governo Bolsonaro e verificou como as instituições públicas tratavam os Direitos Humanos no Brasil.

O coordenador da Terra de Direitos comentou que o número de casos de violência contra defensores de direitos pode ser ainda maior. Para ele, as violações de retirada de direitos ficaram mais acentuadas depois do golpe de 2016, com o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff.

“Foi uma conjuntura de retiradas de direitos, de diminuição de espaços públicos de garantia e proteção de direitos humanos. E com o bolsonarismo no poder, essas forças (assassinas) ganharam importantes espaços dentro do próprio governo”, afirmou Darci Frigo.

O estudo traz um olhar sobre caminhos possíveis de enfrentamento e superação da violência que ameaça a defesa de direitos humanos.

Ao final da entrevista, o coordenador reforçou que o desafio de hoje é a criação de políticas de proteção ao defensor e defensora de direitos humanos no Brasil. 

(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Darci Frigo)

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