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Assassinato de Marielle Franco segue mobilizando a sociedade

Foto: Divulgação

O assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL/RJ) e do motorista Anderson Gomes segue impune. Esse crime bárbaro completou na quinta-feira (14/03) seis anos sem que as investigações apontassem o mandante do crime e suas motivações.

Em todo o país, movimentos sociais promoveram vários atos para cobrar a elucidação do crime e por “Justiça por Marielle Franco e Anderson Gomes!”. Em São Luís, acontecem duas manifestações: a “Tribuna Livre Marielle Franco” e o “Festival Marielle Vive”.

Esses eventos foram o tema do Dedo de Prosa do Jornal Tambor da quinta-feira (14/03), que teve a participação da integrante do Diretório Municipal do PSOL, em São Luís, Rielda Alves e da coordenadora do Grupo de Estudos Marielle Franco do PSOL, Franci Cardoso.

(Veja, abaixo, a edição completa do Jornal Tambor com a entrevista de Rielda Alves e Franci Cardoso)

“Seis anos é muito tempo. Esse foi um crime bárbaro. Não foi um crime comum. Foi uma execução política de uma mulher negra, lésbica, que rompeu a bolha de um parlamento formado, em sua maioria, por homens brancos, hetéros e homofóbicos”, enfatizou Rielda Alves ao cobrar justiça por Mari (Marielle) e Anderson.

Ela (Rielda) disse ainda que esse crime foi uma tentativa de silenciar a luta das mulheres. “Tentaram nos calar e não permitir o debate de banceiras e trincheiras como a legalização do aborto e contra a LGTBfobia. “Marielle dizia ‘as flores da resistência nascem no asfalto. Somos sementes de Marielle. Seu legado e suas bandeiras jamais serão esquecidas. A luta continua”, garantiu a militante do PSOL/MA.

A coordenadora do Grupo de Estudos Marielle Franco do PSOL, Franci Cardoso, disse que é inadmissível um caso dessa magnitude não ter uma resposta até hoje. “Estamos exigindo justiça. Marielle foi executada por lutar contra a violência gênero, contra o preconceito, em defesa da comunidade LGBT e de comunidades periféricas”, assinalou.

Franci alertou que “nós mulheres negras, não somos descartáveis. O seu legado não será silenciado. As mulheres negras e pobres e a comunidade LGBT sofrem cotidianamente com a violência, em especial, parlamento, onde os ataques são diários. Vamos continuar essa luta contra a política do ódio”.

Foto: Eline Luz/ANDES-SN

Atos

Em São Luís, movimentos sociais realizaram a “Coalizão nas ruas por Justiça para Marielle e Anderson”, com os eventos “Tribuna Livre Marielle Franco” e “Festival Marielle Vive”.

A iniciativa foi resultado de uma integração da Coalizão Negra por Direitos, Instituto Marielle Franco, Centro de Cultura Negra (CCN), Fórum Maranhense de Mulheres, Grupo de Estudos Marielle Franco e PSOL/São Luís.

O crime

Sem solução há seis anos, quatro suspeitos estão presos. Edilson Barbosa dos Santos, o Orelha, apontado como o responsável por desmanchar o Cobalt prata usado no 14 de março de 2018. Ronnie Lessa, preso em março de 2019, após a delação de Élcio de Queiroz. Ele é apontado como autor dos disparos.

O ex-sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Élcio de Queiroz, expulso da corporação em 2015, em uma delação premiada admitiu que dirigia o carro que perseguiu o veículo onde estavam a vereadora e seu motorista.
Suel também está preso e já havia tentado matar a vereadora em 2017. Ele é ex-sargento do Corpo de Bombeiros, acusado de ter cedido um carro para a quadrilha, esconder as armas após o crime e auxiliar no descarte delas.

(Veja, abaixo, a edição completa do Jornal Tambor com a entrevista de Rielda Alves e Franci Cardoso)

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