O samba é um dos gêneros musicais mais conhecidos no país, representa uma identidade brasileira e é uma ação de resistência social, cultural e política.
Para falar sobre o assunto, o Jornal Tambor dessa sexta-feira (07/10) entrevistou Laurindo Teixeira e Neto Peperi. Eles são músicos e fazem parte do grupo de samba Espinha de Bacalhau, da cidade de São Luís. Os dois falaram sobre o momento do samba na cena musical maranhense e brasileira, além das ameaças que a cultura popular sofre, diante da atual conjuntura política do nosso país.
(Veja, no final desse texto, essa edição do Jornal Tambor,com a entrevista de Laurindo Teixeira e Neto Peperi)
No início, o samba enfrentou preconceitos e foi pouco valorizado. “Quando começamos a fazer samba, aqui em São Luís, não era um gênero muito bem aceito. Para vender o ingresso era difícil, ninguém queria pagar”, afirmou Laurindo.
Hoje, o gênero é reconhecido mundialmente e consolidado na cultura nacional. Para Peperi o samba é um ritmo “impuro”, porque sofreu inúmeras influências, até se tornar o ritmo que conhecemos, entre elas o “batuque do Tambor de Crioula”, expressão popular artística do Maranhão, reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.
“O batuque do tambor de crioula foi fundamental para samba que a gente conhece hoje, no Maranhão. O samba faz parte da Música Popular Maranhense”, ressaltou Peperi.
Peperi lembrou também que é necessário que grupos de samba maranhenses, como é o caso dos Fuzileiros da Fuzarca, um dos blocos carnavalescos mais antigos e tradicionais de São Luís, sejam reconhecidos assim como o Olodum é na Bahia.
O Espinha de Bacalhau já existe há 35 anos. Iniciou sua trajetória nos anos 80, em São Luís. O grupo traz em seu repertório sambas de Paulinho da Viola, Chico Buarque, João Nogueira, César Teixeira, Gonzaguinha, entre tantos outros.
(Veja abaixo, em nosso canal do Youtube, o Jornal Tambor com a entrevista completa de Laurindo Teixeira e Neto Peperi) 👇🏿👇👇🏾