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Artistas repudiam gestões na área da cultura

Foto: Divulgação

Por Ed Wilson Araújo

Um vídeo e um manifesto divulgado nas redes sociais aponta uma série de críticas à postura das secretarias de Cultura estadual e municipal de São Luís.

Os artistas, produtores e fazedores de cultura denunciam a desvalorização e a falta de respeito da Secult e da Secma na aplicação do orçamento da área cultural e o privilégio de artistas de fora do Maranhão nos grandes eventos.

O texto alerta também sobre a vigilância que a categoria vai fazer na aplicação da Lei Paulo Gustavo.

Aqui o link para o vídeo e abaixo o manifesto completo:

Hoje, a gestão da Cultura no Maranhão está em mãos insensíveis, que não dialogam com movimentos, coletivos e conselhos representativos de quem realmente faz a Arte e a Cultura maranhense acontecer e existir.

Desvalorizam e desrespeitam os artistas locais, pagando-os valores muito abaixo do valor de mercado nacional e ainda com atraso. Denunciamos aqui o descaso principalmente da Secretaria de Estado da Cultura (SECMA), da Secretaria de Cultura de São Luís (SECULT) e das prefeituras que gastam um orçamento que nunca têm para a cultura local para promover shows “alienígenas”.

Não adianta ter o “Maior” Carnaval ou São João do “Mundo” (segundo a propaganda do próprio governo) se quem faz a Cultura Maranhense de fato fica esquecido nos demais períodos do calendário anual. E, ainda, com editais no formato “credenciamento”, a maior parte dos grupos cadastrados do Estado ficam de fora da programação, devido “aos interesses desta SECMA” – texto dos próprios editais, carregados de copia-e-cola com erros e vícios dos anteriores.

A política cultural deve ser estável, regular, permanente, justa e igualitária para toda a cadeia produtiva, de artistas locais a produtores independentes, de técnicos de sonorização e iluminação a luthiers, de bilheteiros a publicitários; deve ser ouvida e recebida nas secretarias em forma de audiência pública, ao invés dos mesmos artistas e grupos privilegiados de sempre, entre quatro paredes.

Também queremos transparência e participação na redação e publicação dos editais, no uso dos Fundos de Cultura e na atualização dos valores dos cachês, há muito defasados.

A Lei Paulo Gustavo vem aí, depois de pressão popular para que o Estado aderisse (foi o último do país a fazê-lo), e toda a classe cultural está atenta, pois as escutas devem considerar as propostas daqueles que realmente fazem a Arte e Cultura do Maranhão acontecer.

Publicado originalmente no blog de Ed Wilson Araújo

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