Parem de nos matar! Esta é a principal mensagem da carta aberta lançada pelo Movimento de Defesa da Ilha, tratando da situação de calamidade ambiental em que se encontra atualmente a Ilha de São Luís.
O lançamento foi no dia 25 de abril, quinta-feira, em coletiva com a imprensa às 9 horas. A atividade foi no Solar Cultural da Terra Maria Firmina dos Reis, na Rua Rio Branco, n. 420, Centro.
Os dramas de São Luís passam pelo elevadíssimo nível de poluição do ar, provocado por indústrias pesadas que operam na ilha, principalmente com minério. A cidade está sendo pulverizada diariamente por substâncias tóxicas, em níveis muito acima do permitido.
A calamidade passa também pela morte e contaminação de inúmeros rios, praias e peixes. Alguns peixes estão com mercúrio!
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Os problemas se agravam ainda mais pelo comprometimento do abastecimento de água, das reservas hídricas, provocado pelo enorme volume de poluição e pela ação descontrolada das grandes empresas de construção civil.
O atual desfile de carros-pipa na cidade é só a ponta de um enorme iceberg.
O processo de liquidação da ilha de São Luís merece uma campanha. Uma ação firme até o momento em que o poder público tome providências necessárias.
Os principais agentes poluidores são empresas riquíssimas, a maioria de fora do Maranhão, que submetem a cidade a seus crimes e interesses financeiros.
Na prática, por conta do dinheiro que possuem, eles têm licença para matar na capital do Maranhão.
Na última sexta-feira, São Luís ficou agitada por conta da “apoteótica” inundação do Bacabeirinha, “cartão postal” do governo de Carlos Brandão. Perto dos gravíssimos problemas ambientais que a Ilha está enfrentando, Bacabeirinha é café pequeno.