Comunidades camponesas dos municípios maranhenses de Timbiras e Codó, denunciaram pulverização aérea de agrotóxicos (avião e drone) em seus territórios.
Segundo a denúncia, em Timbiras, as comunidades afetadas foram São José, Baixa Nova, Morada Nova, Jabuti e Capinal. Já em Codó, as comunidades seriam de São Paulo, Axixá, Poraquê, Raposa, Boqueirão dos Vieiras e São Benedito dos Colocados.
Grupos empresariais teriam despejado venenos sobre plantações e moradias, causando prejuízos às roças de feijão, milho, arroz e impactos à saúde das famílias agricultoras.
Além disso, no município de Codó, o rio Saco estaria sendo contaminado, impactando a água e os peixes essenciais para soberania alimentar dos moradores.
No Maranhão, muitas comunidades denunciam o uso indiscriminado de agrotóxicos por parte de grandes fazendeiros e empresas.
Esses empreendimentos utilizam o veneno como arma química, provocando adoecimento e visando a expulsão dos moradores de seus territórios.
Contaminação do meio ambiente
Os agrotóxicos contaminam solos, rios, florestas e lençois freáticos, prejudicando comunidades do campo. No entanto, também adoecem moradores das cidades, que consomem cada vez mais alimentos envenenados e recebem os impactos que a poluição gera sobre as mudanças climáticas.
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No Maranhão, a situação é alarmante. Em 2021, um trágico incidente na comunidade de Araçá, em Buriti, deixou a população intoxicada, incluindo uma criança de 7 anos, que ficou gravemente queimada.
Lei contra pulverização aérea
No Maranhão está em processo de elaboração uma proposta de lei, de iniciativa popular, que tem o objetivo de proibir a pulverização de agrotóxicos com utilização de drones e aviões.
A proposta, que será apreciada pela Assembleia Legislativa do Maranhão, também quer regulamentar as demais formas de uso de agrotóxico no estado.
Essa lei visa salvaguardar os territórios e os povos e comunidades tradicionais do Maranhão.
Com informações Rede de Agroecologia do Maranhão (RAMA) e Comissão Pastoral da Terra – Regional Maranhão (CPT)