Um grupo armado atacou, com tiros a unidade de proteção Murutyrenda, um pequeno aldeamento da etnia Ka’apor, no Território Indígena Alto Turiaçu, no município de Centro do Guilherme.
O ataque se deu na madrugada de domingo (21/01) para segunda-feira 22/01.
O missionário Gilderlan Rodrigues, da coordenação do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), no Maranhão, relatou que as lideranças indígenas viveram momentos de terror.
“Essas lideranças estão pedindo a todos os órgãos responsáveis pela defesa dos povos indígenas que possam ir à região”, disse Gil
Segundo os missionário, “os indígenas estão defendendo o seu território para evitar novas invasões. É preciso que os órgãos responsáveis assegurem a proteção do seu território e de suas vidas”.
Esse território sofre com constantes ameaças de garimpeiros, grileiros, pecuaristas e madeireiros ilegais no noroeste do Maranhão. Na hora do ataque, cerca de 25 Ka’apor estavam dormindo no local e tiveram que fugir e se esconder na mata. O veículo da organização indígena foi completamente destruído pelos criminosos.
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A área da TI, onde foi instalada a unidade de proteção Murutyrenda, é uma das mais invadidas por criminosos. O clima de tensão vinha se acirrando nos últimos dias até a ocorrência do ataque, que deixou os indígenas muito amedrontados.
Devido a esse clima de tensão, o Ministério da Justiça já havia determinado, em 26 de dezembro de 2023, que a Força Nacional de Segurança procedesse a retirada dos invasores para garantir a proteção dos indígenas.
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) precisa agir com eficiência. É necessário força policial para garantir a segurança dos indígenas.
Com informações da Teia de Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão