Foto: Divulgação O advogado Guilherme Zagalo falou sobre os dados que revelam os altíssimos níveis de poluição do ar no município de São Luís, na Assembleia Legislativa do Maranhão, na terça-feira, dia 31 de outubro.
Falou como as pesquisas que apontam doenças e mortes por problemas respiratórios. E tratou da verdadeira pulverização de veneno que existe hoje na Ilha, a partir de substâncias como óxidos de nitrogênio, ozônio e dióxido de enxofre. Segundo ele, “o nível de emissão de Dióxido de Enxofre em São Luís é caso de polícia”.
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Diante da fala de Zagallo, o deputado estadual Carlos Lula, que já foi secretário de Saúde do Estado, disse “que existe um problema objetivo” e que é preciso buscar soluções.
“Nós temos uma situação de calamidade ambiental em São Luís”, disse Zagallo. O advogado completou informando que “o que está acontecendo em São Luís não é comum em outras cidades com atividade industrial intensa, como é o caso de São Paulo. Logo, é preciso haver uma intervenção”.
A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa do Maranhão fez o convite a Zagallo, reconhecendo a gravidade do problema.
A reunião foi conduzida pelo deputado Júlio Mendonça (PCdoB), presidente da Comissão e contou com a presença dos deputados Rodrigo Lago (PCdoB), Zé Inácio (PT), Fernando Braide (PSD), Ricardo Arruda (MDB), além de Carlos Lula (PSB).
Convidado também para a reunião, o secretário de Estado de Meio Ambiente (Sema), Pedro Chagas, participou por videoconferência diretamente de Brasília, onde estava a trabalho. Além dele, participaram técnicos da Sema. Integrantes do Movimento de Defesa da Ilha, do qual Guilherme Zagallo faz parte também assistiram a sessão, que é pública.
“É um tema que vem aflorando nos últimos anos e precisamos de dados e encaminhamentos que vão ao encontro daquilo que nós defendemos, ou seja, a qualidade do ar em nossa cidade”, destacou o deputado Júlio Mendonça, dizendo que a reunião foi importante “para discutirmos esse assunto de forma mais pormenorizada”.
Ao término da reunião, foi determinada a realização de audiência pública com a presença das empresas Alumar, Vale, Eneva, Ministério Público Federal, Defensoria Pública do Maranhão, Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Secretaria Municipal de Meio Ambiente de São Luís, Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). A data ainda será definida.
Com informações da Agência Assembleia
Temos que combater isso antes que mais pessoas possam vir a morrer. Descobri a causa dessa quantidade de enxofre e punir os responsáveis. Não podemos admitir que os senhores sabedores não tomem as devidas providências em caráter de urgência.
Pauta urgente e importantíssima para nossa sociedade !
Durante o Governo Jackson houve um seminário em que a gestora de atividades meio da Secretaria Estadual de Saúde afirmou que houve uma pesquisa na UFMA, em que a mesma teria identificado que em São Luís, a população com intolerância à lactose era, proporcionalmente, maior do que a população com essa mesma situação na capital paulista.
Ainda segundo essa gestora a pressão por parte desses dois grandes projetos exportadores de matéria prima existentes na ilha teriam pressionado a UFMA, a ponto dessa referida pesquisa não ter ido adiante, muito menos publicada.