O Dia Estadual das Quebradeiras de Coco Babaçu é celebrado em 24 de setembro. No Maranhão, as quebradeiras lutam e resistem por serem vítimas constantes da violência, por conta do avanço do agronegócio no estado.
Em meio às dificuldades e desafios, elas se mobilizam por seus direitos, pelo acesso livre aos babaçuais e em defesa dos territórios livres. Além de se organizarem, ressaltam a importância da proteção do bem viver e das florestas.
Para falar sobre os problemas, avanços e a realidade atual das quebradeiras de coco, o Jornal Tambor de segunda-feira (25/09) entrevistou Maria Raimunda Costa.
Ela é coordenadora do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), na Regional Baixada Maranhense.
Leia também: Rosa Gregório será homenageada no 3º Seminário de Comunicação e Poder no Maranhão
(Veja, ao final deste texto, a íntegra do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Maria Raimunda Costa )
Maria disse que, além da implementação da Lei do Babaçu Livre e da criação Centro de Formação das Quebradeiras de Coco, poucos foram os avanços na garantia de proteção e direitos das quebradeiras no Maranhão.
Para ela, há um processo de violações contra essas mulheres no estado. A coordenadora do MIQCB também falou que atualmente as quebradeiras “são vítimas de racismo” e são constantemente “ameaçadas e mortas” dentro dos seus territórios.
Raimunda destacou que os problemas passam pelo avanço do agronegócio e pelo silenciamento do poder público diante das inúmeras denúncias de violências que essas mulheres sofrem.
A quebradeira de coco babaçu enfatizou que “nós somos guardiãs das florestas, queremos mais respeito. Para isso precisamos do estado para resolver as nossas demandas”.
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Maria Raimunda Costa )