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Antropólogo diz que raça é critério fundamental para combater desigualdades

Foto: Divulgação

O Jornal Tambor desta quinta-feira (20), debateu sobre a questão do racismo que envolve a sociedade brasileira e o racismo que envolve a violência no campo no Maranhão.

A radialista Lívia Lima e a jornalista Danielle Louise, dialogaram sobre o assunto com o antropólogo, autor do livro Movimento Quilombola no Maranhão, assessor da Cáritas Brasileira Regional Maranhão, integrante da Sociedade Maranhense de Mídia Alternativa e Educação Popular Mutuca e da Agência Tambor, Igor de Sousa.

(Veja a íntegra da entrevista abaixo, em nosso canal no YouTube).

No programa o antropólogo evidenciou a importância da discussão sobre o racismo no modelo organizacional da sociedade brasileira e avaliou que temos amplamente debatido um racismo à direita, porém situa que amplos setores da esquerda não conseguem dialogar sobre o tema, pois não compreendem a dimensão racial como base de lutas sociais ,seja no campo ou na cidade.

Considerar essa discussão como identitária é no mínimo desconhecer a realidade nacional, porque não tem classe no Brasil sem dimensão racial”, pontuou ele.

Igor de Sousa também pontuou que há um certo ocultamento da dimensão racial no campo, quando se trata da questão de violência. “É indispensável que a gente comece a racializar o debate sobre a violência no campo”, disse.

Ele também ressaltou que o racismo não se resume a episódios ou palavras. É uma opressão que desprivilegia economicamente, politicamente, intelectualmente a produção negra e indígena. Para o antropólogo, a melhor forma de se pensar na questão da criminalização do racismo é destacar a estrutura que o fortifica.

“Há uma dimensão organizacional da sociedade que é regulada pelo racismo e tem sua base na super-exploração de corpos negros”, afirmou ele.

De acordo com Igor de Sousa, um dos aspectos fundamentais para combater o racismo no Brasil é implementar políticas públicas que levem em consideração a base racial no país.

O entrevistado também destacou que a revolta da intelectualidade branca se dá pois há uma série de debates tem acontecido de forma autônoma, não estão somente na academia. “As pessoas não estão mais esperando intelectuais para oferecer bibliografia sobre como lidar com o racismo”, disse.

O fato das pessoas negras estarem procurando por si, segundo ele, proporciona um ressentimento na branquitude brasileira. Foi o que aconteceu em relação ao antropólogo Antonio Risério, que escreveu um artigo na Folha de São Paulo, comentando a existência racismo reverso de negros contra brancos. Para Igor de Sousa, além de expressar ressentimento em relação a crescente intelectualidade negra, é uma forma de autopromoção, buscando reascender antigas polêmicas que atravessam tanto a direita quanto a esquerda brasileira sobre o debate racial.

(Veja a íntegra da entrevista abaixo, em nosso canal no YouTube)

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