O Sindicato dos Bancários do Maranhão entregou à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) uma pauta alternativa de reivindicações da categoria.
O ato, realizado em 26 de junho em São Paulo, contou também com a participação de representantes dos sindicatos dos Bancários do Rio Grande do Norte e de Bauru.
Na pauta de reivindicações alternativa estão o reajuste de 34,47%, a reposição das perdas salariais acumuladas desde a implantação do Plano Real e a volta do acordo anual.
Também fazem parte das reivindicações um índice de 25% na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) do lucro líquido dos bancos, distribuídos de forma linear, a defesa do emprego, o fim da terceirização, do assédio e das metas abusivas, além da melhoria na assistência à saúde dos trabalhadores.
Na opinião do coordenador-geral do SEEB/MA, Rodolfo Cutrim, a pauta alternativa representa os verdadeiros anseios da categoria, diferentemente da pauta da Contraf-CUT, que mais uma vez pede índices rebaixados, inflação + 5%, e ignora a reposição das perdas salariais.
Rodolfo afirma que “essa postura omissa achata os salários e prejudica os bancários, que deveriam obter novas conquistas diante do lucro crescente dos bancos nos últimos anos. Em 2023, os ativos das instituições financeiras chegaram a R$ 9,8 trilhões, valor bem próximo ao PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil”.
O coordenador-geral do sindicato maranhense refletiu ainda que, nesse sentido, a entidade cumpre o seu compromisso de apresentar os anseios dos bancários maranhenses junto aos bancos.
“Vamos trabalhar para mobilizar a categoria, para que estejamos preparados para lutar por uma campanha salarial forte, por nenhum direito a menos, por condições dignas de trabalho e por um salário justo para todos e todas”, assinalou Rodolfo.
Gerlane Pimenta, também dirigente do Sindicato dos Bancários do Maranhão, complementou que essa alta lucratividade não tem se revertido em benefícios para a categoria.
A dirigente diz que “esse acordo bianual desmobiliza e impede os bancários de tratarem pautas urgentes, como o assédio, os ataques aos planos de saúde, entre outros problemas que crescem a cada dia e, por isso, deveriam ser analisados todo ano. Reivindicamos a volta do acordo anual”.
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