“O ataque à Maria da Penha está relacionado fortemente a uma prática facista da extrema direita de negar a verdade e proliferar a misóginia”, afirmou Mary Ferreira durante entrevista ao Jornal Tambor de quarta-feira (12/06).
Mary é professora e pesquisadora da UFMA; doutora em Sociologia e integrante da Coordenação do Fórum Maranhense de Mulheres.
Na entrevista ela falou sobre as desinformações disseminadas nas redes sociais pela extrema direita contra Maria da Penha Maia Fernandes.
De acordo com as postagens, Maria teria sofrido um assalto, e não sido vítima de tentativas de feminicídio.
(Veja, ao final deste texto, o Jornal Tambor com a íntegra da entrevista de Mary Ferreira.)
Segundo a professora, a hostilização contra uma mulher símbolo da luta do combate à violência contra a mulher no Brasil, que influenciou a criação de uma lei que leva seu nome, são reflexos de um fascismo e conservadorismo estrutural.
“O ataque às mulheres é uma forma de reforçar essa visão conservadora muito pregada por igrejas neopentecostais, que pregam a inferioridade das mulheres. Essa visão, que também está no Congresso, alimenta a cultura bolsonarista”, disse Mary.
A ativista ressaltou que para enfrentar a extrema direita, à sociedade em geral, juntamente com os movimentos sociais, meios de comunicação e principalmente igrejas, precisa se mobilizar em debates sobre o combate da violência contra a mulher.
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(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Mary Ferreira.)