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Sob a lei de grileiros – Ruralista rejeitam homenagem ao MST na Assembleia do Maranhão

Veículo de Fernando Sarney comemora ação contra o MST | Foto: Reprodução

“Formiga sabe o pau que rói”. Citamos este ditado ao lembrar que o Jornal Tambor entrevistou recentemente dois dirigentes do MST, Vânia Ferreira e Aldenir Gomes.

O assunto foi a Lei 12.169/2023 – a chamada de Lei da Grilagem – aprovada sorrateiramente bem no final do ano passado, pela maioria da Assembleia Legislativa do Maranhão.

Aldenir, que é advogado, disse que a Lei da Grilagem é “imoral, inconstitucional, uma aberração jurídica”.

Já a professora Vânia afirmou que a mesma Lei “é um crime contra quilombolas, as comunidades tradicionais, quebradeiras de coco, os extrativistas”.

Leia também: Vânia do MST! “É preciso luta e mobilização contra uma lei criminosa”

Vânia Ferreira segue denunciando a Lei da Grilagem | Foto: Divulgação

Oligarquia e extrema direita

Estamos falando do Movimento Sem Terra, porque a maioria da Assembleia Legislativa do Maranhão rejeitou, no dia 3 de abril, a aprovação de um requerimento do deputado estadual Júlio Mendonça (PCdoB) que propôs exatamente uma homenagem ao MST.

A homenagem seria para a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), para a Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores Rurais do Maranhão (FETAEMA) e para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Segundo apurou a Agência Tambor, o problema no plenário, na hora da votação, foi exatamente o MST.

O deputado estadual Neto Evangelista (União Brasil), atual líder do governo de Carlos Brandão, encaminhou a votação contra homenagem.

Neto Evangelista, um admirador de Jair e Michelle Bolsonaro, atendeu ao apelo de bolsonaristas que rejeitaram o MST.

É público e notório que na Assembleia do Maranhão o que prevalece é a lei da grilagem e do latifúndio.

Formalmente a rejeição foi conjunta, pois não havia forma de separar as homenagens, já que tudo estava no mesmo requerimento.

Neto Evangelista, admirador de Michelle e Jair Bolsonaro, comandou ação contra o MST | Foto: Divulgação

Mas o próprio Sistema de Comunicação do oligarca Fernando Sarney – que deixa muito evidente seu viés bolsonarista – registrou com todas as letras a ação contra o MST.

Saborosa limonada

A rejeição dos grileiros, por si só, foi a grande homenagem ao Movimento Sem Terra.

O que significaria ser homenageado pela mesma maioria que aprovou a Lei da Grilagem? Ser homenageado pelos cúmplices dos que massacram diariamente as trabalhadoras e o trabalhadores rurais do Maranhão?

Como bem disse Vânia Ferreira e Aldenir Gomes, o que significaria ter a louvação dos mesmos que aprovaram uma Lei “criminosa, imoral, inconstitucional, uma aberração jurídica”?

A correta iniciativa do deputado estadual Júlio Mendonça (PCdoB) em enaltecer a história de diferentes e importantes organizações de trabalhadoras e trabalhadores rendeu mais uma homenagem a luta do MST.

A rejeição dos bandalhos e os ataques vindo da mídia oligárquica não são amargos. Na verdade formam uma saborosa limonada. Sem agrotóxicos!

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