A agricultura familiar está abandonada em São Benedito do do Rio Preto. Em um vídeo encaminhado à Agência Tambor, o líder quilombola da Comunidade Guarimã, Maelson da Silva, denuncia a ausência total de programas que incentivem o agricultor no município.
“Alimentos como a banana e a melancia são comprados de outros estados, como o Ceará. Todos os produtos que fazem parte da merenda escolar vêm de grandes produtores. A prefeitura nunca adquiriu um quiabo do pequeno agricultor”, disse indignado.
Ligado às Comunidades Eclesiais de Base e ao Fórum Carajás, Maelson Silva cobra da administração de São Benedito do Rio Preto a implementação do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
“Com o PNAE, pelo menos 30% dos produtos da merenda escolar devem ser comprados da agricultura familiar. Isso incentivará o pequeno agricultor e fortalecerá a economia local”, explicou Maelson.
Segundo ele, nem o cadastro no Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) a prefeitura providenciou. Esse registro é essencial para a implantação do PNAE, um programa que visa oferecer alimentação escolar e ações de educação alimentar e nutricional a estudantes de todas as etapas da educação básica pública.
Com a implementação do PNAE, fica determinado que 30% do valor repassado pela União, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar, seja aplicado na aquisição de produtos da agricultura familiar. Dessa forma estimula o desenvolvimento econômico e sustentável em todas as regiões do Brasil.
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Mas, enfatiza Maelson, “infelizmente, a prioridade em São Benedito do Rio Preto é pelo agronegócio. O município concede licenças para o uso e ocupação do solo, além de licenças ambientais para desmatar e destruir as pequenas comunidades”.
O outro lado
A Agência Tambor entrou em contato com a prefeitura de São Benedito do Rio Preto, para lhe dar o direito ao contraditório. Assim que a prefeitura enviar informação, nós atualizaremos este texto.