O impacto da desinformação e as chamadas fake news (notícias falsas) dentro da política e na vida cotidiana do brasileiro (a) ganhou muita força nos últimos anos. A eleição de 2018 foi profundamente marcada pelo impulsionamento milionário de uma enxurrada de mentiras, promovido pela extrema direita.
Para o pleito de 2022, as plataformas digitais e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estão mais preparados para enfrentar esse fenômeno. Mas o problema persiste.
A partir desse fato, o Jornal Tambor do dia 26 de setembro entrevistou Fabíola Mendonça, atual correspondente da revista Carta Capital no Nordeste, ex-professora do curso de jornalismo da Universidade Católica de Pernambuco.
Mestre em Comunicação, doutora em Serviço Social, Fabíola é autora da tese intitulada “Mídia e Conservadorismo: O Globo, a Folha De S.Paulo e a Ascensão Política de Bolsonaro e do Bolsonarismo”, pela qual recebeu menção honrosa do Prêmio Capes de Tese 2022. Na entrevista à Tambor, ela falou sobre o jornalismo brasileiro, na atual conjuntura política e eleitoral.
(Veja, ao final desse texto, a edição do Jornal Tambor, com Fabíola Mendonça)
De acordo com Fabíola, o fenômeno das fake news pode ser entendido como o efeito colateral, daquilo que a mídia corporativa reverberou durante as eleições presidenciais de 2018, tendo participação decisiva no resultado.
“Bolsonaro surge para a candidatura à presidência se colocando como alguém que é contra o sistema. A mídia alimentou esse discurso e também o movimento antipetista”, diz Fabíola.
A professora falou sobre a importância da verdade factual, na garantia da credibilidade dentro da mídia. E que a mídia hegemônica sempre defendeu uma postura de “imparcialidade”, que nunca existiu. “Diferente da mídia tradicional, a mídia independente vem se firmando. Ela tem veiculado informações relevantes, que são silenciadas na grande mídia”, reforçou Fabíola.
Ao final da sua fala, a jornalista ressaltou a necessidade de discutir as pautas da esquerda e derrotar a extrema-direita instalada no atual governo brasileiro. E disse ainda que o jornalismo, independentemente de ser de direita ou de esquerda, precisa buscar a verdade.
(Veja abaixo, em nosso canal do Youtube, o Jornal Tambor com a entrevista completa de Fabíola Mendonça) 👇🏾👇🏿👇🏽