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Turma do gás! Empresa fundada por Eike Batista ameaça o Maranhão

agência tambor/enevaFoto: Eneva/Divulgação

O Maranhão está ameaçado pela exploração de gás. A empresa Eneva é uma das que está diretamente envolvida nessa ameaça. Ela foi criada pelo ex-bilionário Eike Batista, criminoso que, atualmente, está em prisão domiciliar.

O problema passa pelo Fracking, uma técnica de exploração de gás, que promove perfurações com mais de 3km de profundidade.

A desgraça vem das mudanças climáticas, da contaminação de água, da proliferação de doenças, incluindo o câncer, e das rachaduras em casas. A técnica utiliza componentes químicos altamente poluentes. Ela proibida em vários países.

Em São Luís, foi realizado o encontro Boas Energias Maranhão, que reuniu nos dias 21 e 22 de abril, no Sindicato dos Bancários, 49 organizações e representantes de 32 municípios. O evento foi feito para tratar da violência promovida pelo Frackink.

O evento foi organizado pela Amavida, Associação Tijupá, Rede de Agroecologia do Maranhão (Rama), Articulação do Semiárido no Maranhão (ASA), Clima Info, Fórum Carajás e 350.org.

Para falar sobre a questão, o Jornal Tambor desta segunda-feira (24/04), entrevistou Ilan Zugman e Fábio Pacheco.

Ilan é Diretor Regional da 350.org na América Latina e Fábio é coordenador da Tijupá – duas das sete organizações que promoveram o encontro Boas Energias Maranhão.

(Veja, ao final deste texto, a edição do Jornal Tambor com a entrevista de Fábio Pacheco e Ilan Zugman)

Segundo Ilan, a instalação do Fracking causa “muitos riscos” à população do entorno. Ele disse que, na Argentina, existem casos de pessoas com leucemia, doenças respiratórias e com malformações congênitas, ocasionadas pelo sistema de exploração.

“Na Argentina, têm os casos de contaminação nas pessoas e nas produções de frutas. Nos Estados Unidos, existem muitos outros de famílias que estão processando o estado ou o governo americano porque desenvolveram doenças”, afirmou Ilan Zugman.

O encontro Boas Energias Maranhão trouxe lideranças do povo Mapuche, da Argentina. São povos originários que sofreram terríveis consequências por conta da exploração de gás, pelo método Fracking.

Fábio Pacheco explicou que “há muitas justificativas técnicas para não se fazer o Fracking”. Ele lembrou que existem outros meios sustentáveis para a exploração de gás, e que a Eneva não está levando em consideração os impactos negativos de ordem ambiental e econômica, gerados pelo método.

Com a palavra a Eneva

A reportagem da Agência Tambor buscou contato com a empresa Eneva, na segunda-feira (24/04), à tarde. Ligamos para três números: (98) 2109-8100, (98) 2109-8500 e (21) 3721-3000. Enviamos e-mail para [email protected].

Não tivemos retorno. Logo que a empresa se manifeste, publicaremos sua posição sobre as gravíssimas informações que são trazidas sobre o Fracking.

(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Fábio Pacheco e Ilan Zugman)

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Fernando Abreu

Excelente a iniciativa de abrir esse debate na mídia. Sugiro ouvir o dr. Allan Kardec Barros.


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