A violência no campo e os absurdos continuam no Maranhão! Por conta disso, no próximo dia 22 de junho, quarta-feira, haverá uma grande audiência pública entre o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) e 35 entidades, como grupos, movimentos, associações, FETAEMA, CONTAG e sindicatos rurais, espalhados em mais de 25 municípios maranhense, incluindo a capital, São Luís.
O encontro será no auditório da sede da Defensoria Pública do Maranhão (DPE/MA) e é esperado o Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
Um exemplo do escândalo pode ser observado no município de São João do Soter. Depois de mandarem matar Edvaldo Pereira Rocha – líder de trabalhadores rurais – homens e tratores invadiram nesta quinta-feira (16/06), mais uma vez, o território quilombola de Jacarezinho.
(As imagens dessa última invasão foram publicadas no Jornal Tambor dessa sexta-feira, 17/06. Veja abaixo).
Em menos de 30 dias, esta foi a terceira vez que o território é invadido. Edvaldo Pereira Rocha foi assassinado no último dia 26 de abril, executado por dois pistoleiros, com oito tiros.
O conflito fundiário em São João do Soter existe e está judicializado. Existem ações de empresas e latifundiários contra a comunidade quilombola.
Por outro lado, o Ministério Público Federal (MPF) moveu ação em favor dos quilombolas de São João do Sóter, solicitando que o INCRA, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, conclua o chamado relatório técnico de identificação e delimitação, além de todo o processo de identificação, reconhecimento, delimitação das terras ocupadas pela comunidade.
O MPF também espera que o ITERMA, o Instituto de Colonização e Terras do Maranhão, conclua a regularização fundiária do território quilombola. A comunidade é certificada pela Fundação Palmares.
Assassinatos, invasões, ameaças! Estamos numa terra sem lei?