A denúncia relata uma situação de caos na região da Lagoa da Jansen, na cidade de São Luís do Maranhão. Há lixo acumulado e ausência de serviços básicos, com esgoto a céu aberto. A partir das 18h, as famílias dizem que não podem acender as luzes de suas casas por conta da quantidade de insetos.
Segundo a denúncia, existe uma “área nobre” da Lagoa da Jansen que é melhor cuidada pelo poder público, localizada entre os bairros do Renascença e da Ponta do Farol, e outra considerada “pobre”, que é abandonada pelo poder público e está ligada ao São Francisco.
A denúncia fala de discriminação por parte do poder público, que trata as duas áreas de maneira distinta. Os moradores solicitam à prefeitura de São Luís e ao governo do Maranhão a resolução desses problemas.
O Jornal Tambor de quarta-feira (07/08) tratou do assunto. Entrevistamos Hada Cantanhede, que mora na região da Lagoa há 27 anos, na área próxima ao São Francisco, e trabalha com venda de plantas.
(Veja, ao final deste texto, o Jornal Tambor com a íntegra da entrevista de Hada)
Segundo a moradora, os insetos têm invadido as casas e picado as pessoas. Ela disse que o problema já dura dois meses e que, devido aos lixões presentes na parte “pobre” do bairro, a proliferação dos insetos tem aumentado.
A comunidade sofre com a falta de saneamento básico adequado no local. Hada explicou que também não existe serviço de coleta de lixo no bairro e que a presença dos lixões tem prejudicado a saúde e o comércio local.
“Queremos ajuda do poder público. Não temos como descartar nossos lixos. Os carroceiros cobram 25 reais para fazer o descarte, mas nem todo mundo pode pagar”, afirmou a moradora.
Sobre o esgoto a céu aberto, Hada ressaltou que, por conta disso, existe a presença constante de animais peçonhentos, colocando em risco a saúde dos moradores.
O outro lado
A Agência Tambor entrou em contato com a prefeitura de São Luís e com o governo do Maranhão, para saber o que será feito para resolver os problemas apresentados na denúncia.
Resposta da Prefeitura de São Luís
NOTA|SEMOSP
A Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) informa que a coleta domiciliar funciona normalmente na região, durante três dias na semana e que uma equipe de fiscalização irá verificar os pontos de descarte irregular de lixo citados na reportagem, até o final desta semana.
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Hada)