A Feira da Resex Tauá-Mirim aconteceu na quarta-feira, dia 20 de setembro. A comercialização dos produtos foi no prédio Paulo Freire, na Universidade Federal (UFMA), desde às 9h.
A ação é uma realização do Conselho Gestor da Resex Tauá-Mirim. Durante o evento, foram vendidos produtos da agricultura familiar, artesanatos, refeições e lanches.
Além de fomentar a produção de alimentos livres de veneno, a feira é um ato político e de resistência em defesa das comunidades tradicionais da Zona Rural de São Luís.
Para falar sobre essa questão, o Jornal Tambor de segunda-feira (18/09) entrevistou Ana Lourdes Ribeiro e Ione Oliveira.
Ana é educadora ambiental e pesquisadora do Grupo de Pesquisa Desenvolvimento, Modernidade (GEDMMA/UFMA). Ione é uma das produtoras do grupo Casa de Helena e uma das organizadoras da Feira da Resex.
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(Veja, ao final deste texto, a íntegra do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Ana Lourdes Ribeiro e Ione Oliveira)
Segundo Ana, a feira é um espaço criado para “fortalecer a luta e a produção de mulheres agricultoras”. A educadora ressaltou que a Resex é uma área atingida por muitos empreendimentos industriais, que geram impactos negativos aos moradores.
Ela disse que “existe toda uma estrutura de apagamento” dessas comunidades e de “racismo”. Ana lembrou da pesquisa realizada pelo GEDMMA-UFMA, onde foi constatado que “17 comunidades foram extintas para dar lugar a empreendimentos na zona rural”.
Para Ione a ação “dá visibilidade para o trabalho de mulheres da Zona Rural”. Ela destacou que a feira “é uma forma de reafirmar a permanência das comunidades nos seus territórios”.
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Ana Lourdes Ribeiro e Ione Oliveira)