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Chega de Agrotóxicos! Campanha ganha força no Maranhão

Foto: Divulgação

Várias organizações da sociedade civil promoveram na quarta-feira (11/10), via plataforma Zoom, um debate “Sobre os agrotóxicos no Maranhão”.

Essa é mais uma iniciativa que visa aglutinar e conscientizar setores da sociedade civil sobre os danos causados à saúde e ao meio ambiente, pelo uso excessivo e desordenado de agrotóxicos.

Em setembro, a Rede de Agroecologia do Maranhão (Rama), em conjunto com a Coalizão para a Proteção das Florestas da Amazônia, lançaram no V Encontro Maranhense de Agroecologia, a campanha estadual “Chega de Agrotóxicos”.

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A campanha alertou e mobilizou a sociedade para as práticas recorrentes de pulverização aérea de agrotóxicos, em territórios e comunidades do campo, que causam impactos devastadores sobre o meio ambiente e para a saúde da população.

Os agrotóxicos contaminam solos, rios e lençóis freáticos, afetando negativamente a biodiversidade e causando danos à saúde dos agricultores e consumidores, além dos problemas de resistência de pragas e doenças.

No Maranhão, o uso excessivo de agrotóxicos é comum em comunidades vulneráveis localizadas nas proximidades das áreas ocupadas pelo agronegócio, com seus extensos cultivos de soja e milho.

Dentre os muitos incidentes, merece destaque o ocorrido na comunidade de Araçá, zona rural de Buriti, no Estado do Maranhão, em 2021. Uma aeronave indiscriminadamente jogou pesticidas sobre a população durante três dias seguidos.

O resultado foi a intoxicação da população, que relataram sintomas angustiantes, incluindo coceiras, dificuldade respiratória, dores de cabeça, erupções cutâneas e queimaduras na pele.

Segundo a publicação “Vivendo em territórios contaminados: Um dossiê sobre agrotóxicos nas águas do Cerrado”, lançado pela Campanha Nacional em Defesa do Cerrado e a Fiocruz, foram identificados nos territórios quilombolas de Cocalinho e Guerreiro, no município de Parnarama (MA), nove princípios ativos diferentes nas águas dos rios dessas comunidades.

Um desses ativos, a Atrazina, foi identificado um percentual duas vezes acima do limite permitido pelas normativas brasileiras. Também já foi denunciado o envenenamento de roçados na comunidade Santa Rita, em Peritoró (MA).

O envenenamento causou problemas de saúde em agricultores e perda na produção de mandioca, feijão, milho, colocando as pessoas em estado de insegurança alimentar.

Em carta no V Encontro de Agroecologia do Maranhão mais de 100 representantes de diversas organizações e movimentos populares do estado, grupos de estudos, parceiros, aliados e amigos reafirmaram que a agroecologia une diversidades de povos e reafirmaram resistência em defesa da vida e contra o agronegócio que explora e consome vidas.

Com informações Rama

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