Após 79 dias sem informações, a rede pública de monitoramento da qualidade do ar do Estado do Maranhão voltou a divulgar seus dados na internet. O retorno ocorreu na sexta-feira, 30 de agosto.
A Lei Federal determina que é obrigatório os órgãos ambientais estaduais divulgarem em tempo real o Índice de Qualidade do Ar.
A situação de São Luís estava em desacordo com a lei. Durante quase três meses, ficamos sem informações.
Os novos dados apresentados na segunda-feira (02/09) já revelam oficialmente que a poluição continua muito elevada em São Luís, com as estações indicando que a qualidade do ar está muito ruim.
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Carvão Mineral
Um detalhe precisa ser considerado: a termelétrica da empresa Eneva, que queima carvão mineral na ilha de São Luís, está momentaneamente desativada.
O problema de poluição do ar em São Luís está diretamente relacionado à queima de carvão mineral na ilha, onde apenas três empresas têm licenças para desenvolver essa atividade: Eneva, Alumar e Vale.
No momento em que a Eneva retomar suas atividades com a termelétrica, a qualidade do ar em São Luís evidentemente voltará a ficar péssima, colocando ainda mais em risco a saúde da população.
Cadê a Solução?
O governo de Carlos Brandão precisa dar uma resposta diante dos gravíssimos problemas de poluição do ar no município de São Luís. A solução passa pelo Poder Executivo estadual, começando pela emissão de licenças ambientais inadequadas.
O governo do Maranhão tem responsabilidade direta no combate, nas causas e nas possíveis soluções do problema. O próprio Carlos Brandão admitiu publicamente, uma única vez, a gravidade da situação.
As cobranças da sociedade vêm sendo feitas há mais de dois anos! Este ano, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) tratou do problema e pediu uma solução.
A pressão vem de comunidades rurais, professores, pesquisadores da UFMA, UEMA e IFMA, além de especialistas em questões ambientais. O Ministério Público Estadual e Federal também foi acionado.
Um evento realizado no último mês de abril, organizado pelo Movimento de Defesa da Ilha, lançou uma carta com o apelo: “Parem de nos matar!”.
E agora? Quando poder público vai apresentar um plano de ação para resolver este problema de São Luís?
Vamos continuar cobrando sobretudo na Prevenção