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Abastecimento de água! Pesquisadora diz que São Luís pode se ferrar

Foto: Reprodução

O sério problema da falta de abastecimento de água de São Luís pode ser agravado pela nova Lei de Zoneamento e Ocupação do Solo do município. Ambos dão abertura para ações antiambientais de grandes grupos empresariais.

Hoje a capital maranhense conta com quatro formas de fornecimento de água: o Italuìs, sistema Sacavém; o rio Paciência e mais 300 poços.

Todos estão sendo agredidos ambientalmente pelo crescimento descontrolado de empreendimentos, sem qualquer compromisso socioambiental.

Para falar sobre esse assunto, o Jornal Tambor de segunda-feira (26/02) entrevistou Edilea Dutra.

Ela é geóloga, professora da Universidade Federal do Maranhão, do Departamento de Geociências. E também é doutora em Geociências e Meio Ambiente.

(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Edilea Dutra)

A professora disse que a nova Lei de Zoneamento precisa garantir a proteção de áreas verdes na capital. Dessa forma preservar a distribuição e qualidade do sistema de abastecimento de água.

Edileia falou que a gestão municipal deve ter o compromisso com o meio-ambiente e com a população. Para ela, o transbordamento de rios que abastecem São Luís e a ausência de águas nas torneiras de ludovicenses, estão diretamente ligados à construção indiscriminada de condomínios.

Leia também: Falta de água em São Luís! Prefeitura e vereadores podem piorar muito mais a situação

Esses empreendimentos ocasionam a impermeabilização do solo. E a água da chuva, que é responsável pelo aumento do nível dos rios, fica impossibilitada de se infiltrar no solo. Dificultando o abastecimento nas casas.

Ela também disse que a São Luís corre um grande risco de ser muito prejudicada com a Lei de Zoneamento.

“Sem a água retirada dentro da Ilha, a cidade de São Luís vai se ferrar”, afirmou.

Edileia afirmou que São Luís não pode ficar refém da água que vem do continente, direto do Rio Itapecuru.

Um outro problema, é o aparecimento do fenômeno chamado “cunha salina”. Ele consiste na penetração da água salgada dentro dos poços, com água doce, pronta para o consumo humano.

“Ninguém merece tomar água salobra. Hoje vários empreendimentos têm problemas de cunha salina embaixo. é preciso que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente direcione seu olhar para essa problemática”, pontuou a professora.

A geóloga disse que é necessário que a gestão pública crie um projeto sustentável para a preservação de áreas verdes na capital.

(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Edilea Dutra)

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