Foto: Divulgação Em São Luís, nos últimos meses três ciclistas morreram vítimas de trânsito. As mortes chamam a atenção para um grave problema de mobilidade urbana na cidade e violência contra ciclistas, principalmente mulheres.
Segundo o levantamento da Associação Brasileira do Setor de Bicicletas, São Luís é a capital do Nordeste com a menor quilometragem de ciclovias na região.
Para falar sobre essa questão, o Jornal Tambor de sexta-feira(12/01) entrevistou Caroline Caetano e Paola B. Soto.
Caroline é advogada e articuladora da Pedal das Minas. E Paola é artista, migrante venezuelana, integrante da Pedal das Minas e articuladora da Bicicletada em Homenagem a Julieta Hernández em São Luís.
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Caroline Caetano e Paola B. Soto)
De acordo com Caroline, a falta de ciclovias e ciclofaixas nas avenidas da capital favorece o aumento de acidentes contra ciclistas. Isso por conta da disputa de espaço entre os veículos de maior porte, colocando em risco sua vida.
Ela disse que há anos o Pedal das Minas e outros movimentos sociais vem solicitando ações efetivas do poder público para resolver a ausência de acessibilidades nas avenidas para os ciclistas. No entanto, nunca foram atendidos.
Caroline disse que “as vias da cidade não foram feitas para ciclistas. Muitos condutores ultrapassam o limite de velocidade permitido e acabam atropelando o ciclista. Onde está a fiscalização?”.
Outra questão é a violência contra ciclistas mulheres. Para Paola os motoristas, na maioria homens, não respeitam as ciclistas mulheres. Ela relatou que várias mulheres já sofreram algum tipo de acidente enquanto pedalavam na cidade.
Paola destacou que “pelo fato de ser mulher sou sempre assediada. Já pedalei em outras cidades do país, mas aqui em São Luís foi o local em que mais me senti ameaçada e violentada enquanto pedalo”.
Segundo as integrantes do Pedal das Minas, é necessário conscientizar os motoristas sobre os riscos que podem causar ao ciclistas nas vias desde da sua formação como condutor.
Elas reforçaram que a bicicleta precisa ser vista como um meio de transporte e que a adoção desse meio ecológico como principal meio de deslocamento ajudaria a resolver problemas de mobilidade urbana.
Para as ciclistas é urgente a melhoria e planejamento urbano na cidade para os ciclistas.
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Caroline Caetano e Paola B. Soto)