Da Agência Tambor
Por Danielle Louise
10/12/2020
Foto: Reprodução
Como marco da instituição da Declaração Universal dos Direitos Humanos, no dia 10 de dezembro comemora-se o Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Neste ano, a Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH) está realizando, virtualmente, por conta da pandemia do novo coronavírus, a Caravana de 9 a 11 de dezembro, com a campanha “Todas as Vidas Valem”.
A advogada e integrante do SMDH, Jô Gamba, destacou à Agência Tambor, que o evento evidencia uma disputa de narrativa sobre o tipo de cultura de ódio que está sendo promovido e incentivado pelo atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.
Segundo ela, o evento demonstra que há uma cultura diferente daquela disseminada pela extrema direita atualmente. “O nosso trabalho é de criar uma justiça social em defesa, principalmente, dos mais vulneráveis”, pontuou Gamba.
A ativista destaca que o atual governo federal dá autorização para mais práticas violentas contra indígenas, negros, comunidades tradicionais, mulheres, LGBTQI+, defensores e defensoras de direitos humanos. Ela aponta que estes grupão estão mais ameaçados.
SMDH
Próximo de completar 42 anos de existência, dia 12 de fevereiro de 2021, a Sociedade Maranhense de Direitos Humanos age na proteção de pessoas ameaçadas, focando, também, no fortalecimento delas para que voltem à sociedade e exerçam seu papel de cidadãos. Trabalha em defesa dos territórios e contra o encarceramento em massa, em especial dos jovens negros.
Tem como estratégias de ações mobilização popular, educação de base e apresentação de denúncias de violações de direitos. Jô Gamba apontou que as atividades somente são possíveis com muita solidariedade.
Neste momento de pandemia que, de acordo com a advogada, é “o momento em que nossa vulnerabilidade está mais exposta”, a SMDH trabalha na conscientização sobre a doença.
Caravana de Direitos Humanos
A Caravana se encerra nesta sexta-feira, dia 11, com lives, rodas de conversas, reuniões, shows.
O jornalista Emilio Azevedo, da Agência Tambor, será homenageado na cerimônia que acontecerá das 11 às 12h, por seu trabalho em defesa dos Direitos Humanos, no combate a pandemia.
Para evidenciar a importância da defesa dos Direitos Humanos, Jô Gamba destacou o papel dos artistas neste momento crucial de disputa de narrativa contra a cultura de ódio. Ela afirma que os artistas têm o poder de chegar onde nem todos chegam.
“Que toquem seu tambor, usem sua voz”, disse ela.