Imagem: SEEB-MA O Sindicato dos Bancários do Maranhão (SEEB-MA) completou 88 anos, no último dia 2 de abril. Para celebrar o momento, a entidade tem uma série de ações e novidades.
Neste sábado (15), será inaugurado o novo bar da piscina, as reformas na cozinha e o palco do salão de festas, com a realização de torneio de futsal e show na Sede Recreativa, no bairro do Turu, em São Luís.
O diretor de Finanças do Sindicato, Amilton Fernandes, ressaltou que tudo foi feito para garantir e propiciar aos associados e seus familiares “um ambiente mais confortável, com melhor ventilação, acústica adequada e uma estrutura ampliada no restaurante”.
Ele acrescentou que a programação, nesse novo ambiente, inicia a partir das 8h30, com o começo da VI Copa David Sá Barros de Futsal, que contará com 10 times – sendo 6 na categoria livre e 4 na categoria master.
O diretor Marcelo Bastos conclama os bancários a participarem dessa festa, que terá, ainda, uma feijoada, ao meio-dia, com animação dos “ritmos inconfundíveis da Banda Suave Veneno com o seu repertório musical repleto de sucessos”.
Já o presidente do SEEB-MA, Dielson Rodrigues, complementou: “bancários não percam essa festa de integração e comemoração de tantas lutas e glórias nesses 88 anos da nossa entidade”.
História
A primeira tentativa de criação de um banco no Brasil ocorreu no Maranhão, em 1799, impulsionada pelo então governador Diogo de Souza. O fracasso dessa primeira experiência foi resultado de a rentabilidade das operações comerciais ser bem superior àquela das aplicações bancárias.
Com o Brasil vivendo um sindicalismo atrelado ao Estado, menos de um ano depois da 1ª Greve Nacional, surge, em 1935, o Sindicato dos Bancários do Maranhão em uma sala na Travessa 5 de outubro, n° 240.
Nascia, assim, o sindicato com o objetivo de lutar contra as injustiças, a exploração, o arrocho salarial e o desemprego, sendo o seu primeiro presidente, o bancário Carlos Castro.
A partir daí, começaram a surgir as primeiras conquistas da categoria. Em 1957, os bancários garantiram as seis horas semanais corridas e a aposentadoria por tempo de serviço, de forma estendida a todos os funcionários de banco.
Em 1968, os militares fecharam o cerco com a decretação do AI – 5. Lideranças políticas e sindicais são presas e várias assassinadas. Foi neste contexto que o Sindicato dos Bancários do Maranhão passou por um dos momentos mais difíceis de sua história.
As dificuldades de ação política não impediram, no entanto, o foco de valorização do patrimônio do Sindicato, adquirindo algumas salas no Palácio dos Esportes e, em seguida, na Praça da Alegria.
Em 28 de agosto de 1985, o Brasil inteiro viu os bancários irem às ruas no Dia Nacional de Luta. Em São Paulo, 30 mil bancários protestaram. No Maranhão, a grande greve fechou os bancos por três dias e reuniu, em passeata, mais de 3 mil bancários maranhenses na luta pela redemocratização do país contra as forças policiais e pela anistia.
Ainda em 1985, a greve nacional dos bancários da Caixa Econômica Federal conquistou a jornada de 6 horas diárias e o reconhecimento da categoria como bancário e não mais como economiários.
Com forte consciência política e sindical, os bancários do Maranhão seguem construindo históricas ações em prol da dignidade e respeito para com o trabalhador e clientes de bancos. A luta da categoria em prol da população inclui melhoria no atendimento, menos filas, redução dos altos juros e das tarifas exorbitantes.
E a história segue. Ainda há muito para lutar e conquistar.