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Sindicalistas do Maranhão, Alagoas, Pará e Piauí criam a intersindical Equatorial Energia

Da Agência Tambor
Por Danielle Louise
20/03/2020

Com o objetivo de assegurar os direitos dos trabalhadores do Grupo Equatorial Energia – empresa que atende a rede de energia elétrica no Maranhão, Alagoas, Pará e Piauí -, os dirigentes das Sindicais dos Urbanitários dos quatro estados criaram a instersindical, Equatorial Energia, no dia 5 de março.

Para falar sobre o assunto, o advogado e assessor jurídico do STIU-MA, Guilherme Zagallo e o secretário geral do STIU-MA e trabalhador da Equatorial, Vâner Almeida, participaram do Radiojornal Tambor desta sexta-feira (20).

Vâner Almeida explicou que por entenderem como a forma de gestão da Equatorial exerce uma pressão de demissão de funcionários, foi necessário a união dos sindicatos, que tem o objetivo em comum, de lutar em prol dos trabalhadores.

“A questão deles é o lucro e por isso não se importam em passar por cima dos trabalhadores. Precisamos de união para fazer frente a essa gestão”, enfatizou ele.

Guilherme Zagallo completou dizendo que o lucro da Equatorial atualmente é de 17 bilhões de reais líquidos. Ele esclareceu que, de acordo com dados levantados, o Pará tem a segunda conta de energia mais cara do Brasil; enquanto o Maranhão, a nona mais cara; a de Alagoas, a 30ª e a do Piauí, a 22ª.

“A Equatorial é uma grande empresa para seus proprietários, acionistas, e diretores. Mas para os consumidores desses estados e para os trabalhadores, sejam eles diretos ou terceirizados, ela não tem esse mesmo perfil.”, ponderou o advogado.

O secretário geral do STIU-MA destacou também que o intersindicato irá discutir questões como o aumento do número de acidentes e a pressão exercida em cima dos trabalhadores. “O maior problema é a pressão que os trabalhadores sentem, a pressão psicológica pela produtividade. E isso faz com que, inclusive, haja acidentes”, disse ele.

O assessor jurídico ressaltou a importância da criação do intersindicato. “O intersindicato dá mobilidade maior às empresas do que nesse sistema isolado”, argumentou.

Ouça a entrevista completa em nosso TamborCast.

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