Por: Ed Wilson Araújo
Inaugurado em 6 de julho de 2019, o Solar Cultural Maria Firmina dos Reis homenageia uma escritora negra, abolicionista, citada entre as pioneiras do romance brasileiro, autora de Úrsula, obra de referência na Literatura, publicada em 1859.
A criação do solar é uma iniciativa do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Localizado em um charmoso casarão na rua Rio Branco, 420, no Centro Histórico de São Luís, nesse pouco tempo de vida o ambiente passou a ser um dos principais pontos de referência dos encontros culturais e políticos da capital do Maranhão.
Trabalhadores e trabalhadoras rurais, estudantes, professores, artistas, jornalistas, profissionais liberais e a militância democrática em geral compõem o público, que pode acessar palestras, debates, sessões de estudo, shows e recitais, entre outras produções realizadas no solar.
Sala de reunião, espaço para leitura, livraria, restaurante, quitanda com oferta de produtos orgânicos, bar na parte superior (onde é possível ver o pôr do sol) e boa acolhida fazem parte do cardápio de oportunidades proporcionadas pelo Armazém do Campo. A oferta de produtos orgânicos reforça o compromisso do MST em dois sentidos: a reforma agrária e o cultivo de alimentos saudáveis.
Entre os propósitos do Armazém do Campo está o de demarcar o território da produção e comercialização de alimentos originados da agricultura familiar cultivados sem veneno em diversas regiões do Maranhão, especialmente nos assentamentos do MST.
Mas, o espaço é sobretudo um lugar de resistência democrática e de encontros para celebrar o trabalho, a produção da terra e os afetos.
A opção de instalar o espaço no Centro Histórico de São Luís também agregou valor a essa importante região da cidade, que vem recebendo algumas obras de revitalização decorrentes do PAC Cidades Históricas, iniciado no governo Dilma Roussef (PT), em 2013.
Embora não tenha celebração presencial, o aniversário de 1 ano do Solar Cultural Maria Firmina dos Reis é lembrado nas redes sociais.