O 3º Seminário de Comunicação e Poder no Maranhão fará uma homenagem para a quebradeira de coco Rosa Gregório.
Esta nova edição será realizada no próximo dia 11 novembro, em São Luís, no Sindicato dos Bancários.
Será a primeira vez que o evento oferecerá uma Comenda Popular, “uma distinção para as pessoas que lutam”, como dizem os organizadores, indicando que a luta para democratizar a comunicação no Brasil está integrada a uma luta social mais ampla.
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Segundo a jornalista Danielle Louise, da Agência Tambor, Rosa Gregório “é parte de um povo que precisa ser ouvido, que luta e resiste. É parte de um povo quilombola, preto. E o papel da comunicação popular não é dar voz a esse povo. Nosso papel é dar o ouvido. É isso que nós estamos tentando fazer no Maranhão, na luta pela democratização da informação.”
O contexto da homenagem
Rosenilde Gregório, a Rosa, foi uma das pessoas palestrantes da 1º edição do Seminário de Comunicação e Poder no Maranhão, realizado em 2017.
Ela participou da mesa de debate onde, pela primeira vez, foi tratada a ideia de fazer uma agência de notícias do Maranhão, com o nome de Tambor.
A sugestão – dada pelo jornalista e professor Ed Wilson Araújo – foi inspirada na fala do educador popular Kum’Tum Akroá Gamella, que também era palestrante na mesma mesa.
O indígena Gamella lembrou que os tambores também são meios de comunicação, especialmente no Maranhão.
Sobre a homenageada
A quebradeira de coco babaçu Rosa Gregório foi uma das fundadoras do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB).
No início da década de 1980, ele esteve entre as primeiras mulheres a entrar no movimento sindical rural do Maranhão, se impondo diante do machismo vigente.
Hoje, Rosa segue articulada com o Movimento das Quebradeiras e também com a Teia de Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão.