Da Agência Tambor
Por Danielle Louise
11/02/2021
Foto: Divulgação
Dados sobre a Covid-19 disponibilizados pela Secretaria Estadual de Saúde do Maranhão (SES), não detalham como a pandemia está atingindo os povos indígenas do estado.
Pensando nisso, a Rede (CO)Vida criou o mapeamento do novo coronavírus entre os povos indígenas do Maranhão. Para falar sobre o tema, as professoras Ana Caroline Oliveira e Daisy Damasceno, integrantes do coletivo Mururu, participaram do Radiojornal Tambor, desta quinta-feira, 11, explicando como funciona a rede.
O (CO)Vida surgiu, segundo elas, para se debruçar sobre a Covid-19 e compreender como está ocorrendo com indígenas, dando as devidas visibilidades sobre esta crise sanitária neste grupo específico.
A articulação começou em maio de 2020, quando foi percebido que no boletim divulgado pela SES, não especificava e detalhava sobre os povos originários na pandemia. Em conjunto com eles, a rede começou a levantar esses dados. “Vimos a necessidade de fazer trabalho no Maranhão”, destacou Daisy Damasceno.
Com este processo, foi notado que os dados da rede estavam sempre à frente da própria Secretaria estadual. Além disso, também foi levantado informações de pessoas indígenas que não vivem em terras demarcadas. Mas a notificação ainda é um número bem alto.
De acordo com elas, a partir da criação desta rede, diversas ações positivas foram implementadas.
Sobre esta falta de materiais de como a Covid-19 está atingindo os povos originários no Maranhão e em todo Brasil, Ana Caroline Oliveira pontua que faz parte de um processo de morte e invisibilização desses povos.
“Estamos num processo de morte dos povos originários, quilombolas. Diante disso, há uma invisibilidade sobre a situação sanitária desses povos. É um projeto de invisibilizar para serem eliminados”, denunciou ela.
Ouça a entrevista em nosso Tamborcast: