O Sindicato dos Bancários do Maranhão (SEEB-MA) denunciou nesta semana o agravamento da política de gestão no Banco do Brasil, marcada por descomissionamentos sem critério, punições arbitrárias e pressão psicológica sobre os trabalhadores. A prática, que o sindicato define como o “Punhal de Prata”, tem criado um ambiente de medo e adoecimento nas agências do estado.
Segundo o SEEB-MA, essa nova forma de perseguição dentro do banco público representa uma gestão fria e silenciosa, disfarçada sob o discurso da meritocracia. O “Punhal de Prata” substitui o antigo “Facão de Ouro” — símbolo dos cortes e punições abertas — por um mecanismo mais sutil, mas igualmente cruel, que pune quem não se enquadra ao padrão imposto pela administração.
Mesmo sendo uma instituição pública e um dos principais agentes de desenvolvimento do país, de acordo com o representante da classe, o Banco do Brasil tem adotado métodos típicos da iniciativa privada, com metas inalcançáveis, cobranças constantes e desrespeito às condições reais de trabalho. O resultado, afirma o sindicato, é o aumento do adoecimento entre os bancários e a precarização do atendimento à população.
De acordo com dados do INSS/SmartLab, mais de 470 mil trabalhadores foram afastados por adoecimento em 2024, e os bancários estão entre as quatro categorias mais afetadas — especialmente gerentes e escriturários. Para o SEEB-MA, isso reflete o impacto direto das políticas de gestão baseadas em metas abusivas e controle psicológico.
Além de prejudicar os trabalhadores, a situação também compromete o papel social do banco. Com o fechamento de guichês e a transformação das agências em “lojas digitais”, milhares de clientes enfrentam dificuldades de acesso a serviços essenciais, especialmente em municípios menores.
Em resposta a esse cenário, o SEEB-MA intensificou suas ações de enfrentamento, oferecendo assessoria jurídica aos bancários prejudicados, realizando visitas e escutas nas agências, e mantendo canais seguros para denúncias de assédio ou abuso de poder.