O ministro da Educação Camilo Santana confirmou, na segunda-feira (16/01), o reajuste salarial para a categoria dos professores. O piso saiu de R$ 3.845,63 para 4.420,65 para professores com jornada de 40 horas semanais. Foi um aumento de 14,95%. A informação foi publicada nas redes de Santana e no Diário Oficial da União.
O professor Raimundo Oliveira, presidente do Sindicato de Trabalhadores em Educação Básica das Redes Públicas Estadual e Municipais do Maranhão (Sinproesemma), conta que desde o dia 4 de janeiro a instituição está em diálogo com o Governo do Estado do Maranhão para garantir o benefício.
“A campanha salarial está montada em três eixos: o da formação continuada dos trabalhadores, a melhoria da estrutura no local de trabalho.e a valorização pelo reajuste que temos que ter todo ano. Nós estamos cobrando do governador Carlos Brandão, que já está ciente da campanha salarial. E a notícia que temos é que ele já acionou sua equipe técnica para avaliar os impactos no âmbito financeiro”, explicou o presidente do Sinproesemma. Raimundo aponta que o Sindicato não abrirá mão do reajuste.
O professor Marcelo Pinto, da coordenação do MRP, Movimento de Resistência dos Professores, conta que a expectativa é que o benefício atenda a todos os professores da categoria. “Gostaríamos que o governo não tivesse as mesmas práticas que outrora teve, como no ano passado, em que o reajuste estabelecido foi de 33,24% e o governo, descumprindo a lei federal, concedeu um reajuste de 8% parcelado em duas vezes. A perda acumulada foi de 25,24%”, relembrou.
Os professores municipais de São Luís, junto ao Sindeducação, o da categoria, deflagraram uma greve em abril do ano passado, por conta do pagamento do reajuste do piso salarial.
O reajuste deve ser realizado anualmente, no mês de janeiro. É o que diz a lei do piso salarial, sancionada em 2008. Quem define o piso é o governo federal, mas os salários da educação básica são pagos pelas prefeituras e pelos governos estaduais.