Da Agência Tambor
Por Danielle Louise
15/02/2021
Foto: Divulgação
As disputas eleitorais do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica das Redes Públicas Estadual e Municipais do Estado do Maranhão (SINPROESEMMA), estão marcadas por supostas questões legais que podem comprometer o pleito de uma das maiores entidades de classes do Maranhão.
Para falar sobre o tema, o professor Marcelo Pinto, integrante do Movimento de Resistência dos Professores (MRP) e candidato à presidência da chapa Compromisso de Classe, Luta e Resistência, participou do Radiojornal Tambor, desta segunda-feira, 15.
O professor denuncia que sua chapa precisou ingressar na Justiça maranhense, em decorrência de possíveis irregularidades que estão sendo investigadas. Segundo ele, a direção do SINPROESEMMA publicou no dia 12 de janeiro, no Jornal Pequeno, o edital de convocação para as eleições. No entanto, o prazo de inscrição para as candidaturas foi de apenas dez dias, o que gera dificuldade às chapas que querem concorrer no pleito.
Outro ponto é que o veículo divulgado tem apenas circulação em quatro municípios e não houve divulgação do edital em informativos, no site ou no jornal do sindicato. “O objetivo era esconder”, aponta ele. “Só fomos informados cinco dias depois.”, destaca.
Marcelo Pinto também pontua que a Justiça já decidiu, em liminar, suspender/prorrogar o prazo destas inscrições para que todas as chapas possam se candidatar. “Queremos participar desse pleito democrático”, ressalta o professor.
Ele também afirma que este grupo, que faz parte da direção do sindicato, está sob o comando do SINPROESEMMA há 20 anos e abriu mão da luta dos interesses da categoria dos professores, trabalhando por interesse próprio. O presidente Raimundo Oliveira está concorrendo à reeleição e o estatuto permite que os filiados possam concorrer diversas vezes, o que fez o grupo permanecer todos estes anos.
De acordo com o professor, essas manobras para dificultar o pleito, são práticas abusivas que refletem como o Maranhão, por meio do Legislativo e Governo estadual, vem aniquilando o direito dos professores.
“Fere de morte a democracia sindical; fere de morte a razoabilidade da concorrência entre as chapas. Fere o princípio da equidade e igualdade”, denuncia.
O sindicalista argumenta que estas questões não dizem respeito apenas aos professores, mas sim a todos aqueles que querem uma educação pública inclusiva, de qualidade e democrática.
“Nenhum método, ou revolução pode ser feita na educação, se os professores e professoras não forem valorizados”, completou Marcelo Pinto.
Ouça a entrevista completa em nosso TamborCast.