O advogado Wellington Araújo Diniz, servidor da Eletronorte e diretor jurídico do Sindicato dos Urbanitários do Maranhão, afirmou ao Jornal Tambor que o processo de privatização da Eletrobras “é obscuro, fruto de um processo duvidoso, cheio de vícios, que gera desconfiança, com grandes fundos internacionais tendo perdido o interesse no negócio”.
O advogado deu uma entrevista para a Agência nessa segunda-feira (13/06).
(Veja, ao final desse texto, o Jornal Tambor, com a entrevista de Wellington)
O processo de privatização da Eletrobras, deslanchado durante o governo Bolsonaro, é o que se pode chamar de crime de lesa-pátria. Foi a partir dessa realidade concreta que o advogado falou ao Jornal Tambor.
Wellington citou que existe base legal, brechas jurídicas para anular o processo de privatização, aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Ele fez questão de citar nominalmente todos os parlamentares do Maranhão que se opuseram a privatização e todos que foram a favor.
Entre os principais prejuízos está o aumento do preço da energia, que segundo Wellington subirá de imediato 16%. Além disso, existe uma grave questão ambiental, já que o processo de privatização incentiva a produção de energia via termelétricas, altamente poluentes.
Segundo o advogado, grandes empresas também terão enormes prejuízos, pois dependem de grande quantidade de energia elétrica. Ele citou o caso da Alcoa na capital do Maranhão, que pode ter que mudar de região.
Welinton lembrou que Luís Inácio Lula da Silva, pré-candidato a presidente da república, vem alertando publicamente os investidores sobre os problemas legais, em torno desse processo de privatização.
Segundo o advogado, diante de tudo isso, “a privatização da Eletrobras pode ser anulada”.
(Veja abaixo o Jornal Tambor com a entrevista completa de Wellington Araújo Diniz) 👇🏿👇🏾👇🏼
Parabéns pela clareza e conhecimento da matéria