Por Emilio Azevedo
Da Agência Tambor
09/09/21
O atual presidente da República do Brasil convocou uma mobilização que, na noite do último dia 6 de setembro, provocou distúrbios na Praça dos Três Poderes.
Um grupo de celerados de extrema-direta ameaçou invadir a sede do Supremo Tribunal Federal (STF). Ao final, foi preciso uma articulação que juntou Exército, Policiais Militares, Policiais Civis e Polícia Legislativa.
No dia seguinte, 7 de setembro, Bolsonaro fez dois discursos vergonhosos, um em Brasília, outro em São Paulo. Na ocasião, entre bravatas e aberrações, insultou de canalhas, ministros do STF.
É lamentável ter que lembrar isso. Mas, desde que tomou posse como Presidente da República, Jair Bolsonaro já foi chamado algumas vezes de moleque.
Sim, o presidente do Brasil foi chamado de moleque, por outras autoridades.
Hoje, dia 9 de novembro, depois de levar dois merecidos e monumentais esporros dos presidentes do TSE e do STF, Jair Bolsonaro vem a público negar o que disse em praça pública, diante de fanáticos que ainda lhe são fiéis.
A nota foi redigida por orientação de Michel Temer. Encurralado, Bolsonaro aceitou o conteúdo e assinou. O sujeito afirmou que “nunca teve a intenção de agredir” e reafirmou a obrigação de harmonia entre os poderes.
E disse que suas palavras, “por vezes contundentes, decorrem do calor do momento”. Sobre o ministro do STF, Alexandre de Moraes, ressaltou suas qualidades “como jurista e professor”.
E aí? Está tudo resolvido? O país pode ficar entregue a essa bipolaridade? Isso é coisa de homem público? De presidente da República? De um chefe de Estado? Ou é papel de um verdadeiro moleque!?
Democracia é coisa séria. E crimes de responsabilidade precisam de punição.