No dia 24 de março deste ano, em São Luís, aconteceu o lançamento do Plano de Desenvolvimento Socioambiental e Urbano das Periferias e do Censo Socioambiental e Climático do Coroadinho.
O Plano é uma proposta de ações e projetos voltados para o desenvolvimento, especialmente, das periferias, e é uma iniciativa do Instituto de Arquitetos do Brasil/Maranhão (IAB/MA). O Censo corresponde à primeira atividade desse projeto.
Para falar desse assunto, o Jornal Tambor de segunda-feira, 27 de março, entrevistou Isayana Oliveira Silva, ativista climática, idealizadora e coordenadora do projeto “A Favela tá no Clima”.
(Veja, ao final deste texto, a edição do Jornal Tambor com a entrevista de Isayana Oliveira Silva)
Segundo a ativista, o principal objetivo é “criar um Comitê Gestor” para discutir as necessidades da comunidade, e a partir disso, elaborar estratégias que priorizem “as pessoas” nos seus territórios.
“O plano, na verdade, é para entender de uma maneira mais concreta onde está o Coroadinho na cena das mudanças climáticas em São Luís e no Brasil”, ressaltou Isayana Oliveira Silva.
Sobre o Censo Socioambiental e Climático do Coroadinho, Isayana disse que a ideia é fruto da parceria de dois projetos: A Favela tá no Clima e Casa Encantada. A proposta dessa etapa é de abordar os problemas socioambientais e as características do bairro Coroadinho em São Luís.
“Nós temos três objetivos. O primeiro é melhorar a autogestão comunitária. O segundo é que o Censo constitui enquanto instrumento para fundamentar políticas públicas – no Maranhão, não temos dados sobre a realidade dos nossos territórios. E, por fim, é que ele sirva de instrumento para fundamentar ações de empresas privadas e outras organizações”, afirmou a ativista socioambiental.
Isayana lembrou que as enchentes e os alagamentos que atingiram vários municípios maranhenses, recentemente, são resultados de “uma estrutura deficiente” que não foi planejada para suportar eventos climáticos extremos, e que a atual proposta do Plano Diretor da cidade “não contemplou áreas como a do Coroadinho, desconsiderando as vulnerabilidades sociais, ambientais e, agora, climáticas” da população de São Luís.
Ela declarou, ainda, que é fundamental que os gestores públicos criem ações que abordem a justiça socioambiental e climática nas comunidades periféricas.
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Isayana Oliveira Silva)