“O neofascismo não é a repetição do fascismo dos anos 1930: é um fenômeno novo, com características do século XXI. Por exemplo, respeita algumas formas democráticas: eleições, pluralismo partidário, liberdade de imprensa, existência de um Parlamento, etc. Naturalmente, trata de limitar ao máximo estas liberdades democráticas, com medidas autoritárias e repressivas.” LOWY, Michael (Adaptado)
No Brasil, vemos perseguição as instituições do Estado democrático de direito e povos tradicionais, uso de símbolos da intolerância e descaso em relação a saúde pública durante uma pandemia.
É hora de deixar antigas cisões políticas de lado pelo bem comum. Somos estudantes de esquerda, centro e direita unidos para defender a DEMOCRACIA.
A juventude é sinônimo de luta. Estamos nos manifestando sobre o momento em que vivemos. Como povo, como estudantes, como cidadãos. O Brasil e o mundo passam por uma instabilidade imensa. Crise política, econômica e também de saúde pública. Mas isso não é motivo para nos calarmos diante de absurdos. Sempre precisamos nos posicionar a favor da democracia, do SUS, da liberdade de expressão.
Contra o preconceito, contra ditaduras, contra qualquer regime que fira nossa liberdade e nossa autonomia. O extremismo, a violência, o racismo, a xenofobia, o machismo e quaisquer outras formas de preconceito e intolerância são uma ameaça a todos nós. E, pensando nisso, pessoas do mundo todo estão se levantando. Pela democracia, sempre. Não existe representação estudantil sem democracia, sem liberdade e sem senso crítico. Por isso, não podemos admitir que o fascismo avance em nosso meio. E não se enganem: muitas vezes ele vem aos poucos e engana a muitos.
O fascismo é difuso, é complexo. Pode surgir em regimes, ideologias e locais variados, com alguns aspectos em comum: totalitarismo, censura, intolerância, truculência e transmissão de uma ideologia específica que não permite elementos variantes.
Nós somos uma democracia recente. Nosso país já viveu a realidade de AI-5, de ditadura, derramamento de sangue. E não é o único. Alemanha e Itália já viveram a ascensão de ideias totalitárias e são grandes exemplos dos riscos que a democracia brasileira corre. Todos sabemos o desfecho dessa história.
O Movimento Estudantil está vivo. Melhor dizendo: nunca esteve morto. E agora estamos mais vivos do que nunca.
Nós prezamos pela defesa dos nossos ideais, e convocamos as entidades representativas dos estudantes, Centros e Diretórios Acadêmicos, coletivos no geral: vamos nos articular e lutar. E, acima de tudo, convocamos os estudantes. Todo o poder e a influência dessas entidades depende de vocês.
Precisamos nos unir e precisamos de todos vocês. Venham conosco, pelos nossos direitos, pela liberdade, pela democracia.