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“Marielle era orgânica na luta das mulheres”

Da Agência Tambor
Por Danielle Louise
11/03/2020

 

A morte de Marielle Franco, mulher negra, favelada, vereadora da cidade do Rio de Janeiro, militante nas causas dos direitos humanos, completa dois anos no dia 14 de março. Desde então, ainda não há soluções efetivas para seu assassinato e do motorista Anderson Gomes. 

A investigação sobre o crime aponta Eça de Queiroz e Ronnie Lessa como os executores, mas ainda não esclarecem quem são os mandantes e quais suas motivações. No entanto, é possível afirmar que os suspeitos têm ligações com a milícia do Rio de Janeiro e também com a família Bolsonaro.

A advogada e militante do Psol, Yanne Milano, participou do Radiojornal Tambor desta quarta-feira (11), para falar sobre esses dois anos da execução da vereadora. Ela foi estagiária na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, na época em que a Marielle Franco foi coordenadora da comissão. 

Para ela há muito simbolismo na morte de Marielle porque ela era uma pessoa orgânica na luta das mulheres. Yanne Milano explicou que a militante do direitos humanos não foi uma pessoa produzida para o viés eleitoral. A vereadora lutava efetivamente contra o racismo, o genocídio negro, a violência policial nas favelas, contra a LGBTfobia, o feminicídio e a violência de forma geral contra a mulher. Ela foi uma pessoa engajada e envolvida nas causas de direitos humanos.

Yanne Milano destacou que com Marielle foi possível aprender e se aprofundar sobre a importância do feminismo negro. “O legado que ela nos deixa é de resistência. E que a revolução será feminista e, principalmente, negra”, disse a advogada.

A militante do Psol ressaltou como o assassinato dela é um crime político e que o Brasil não pode continuar a ser um dos países que mais matam ativistas de direitos humanos.

Ela também comentou como o trabalho da vereadora foi e ainda é importante para as futuras gerações. “Através do seu legado outras meninas estão se formando e fazendo pequenas revoluções em suas comunidades”, enfatizou Yanne Milano.

 

Ouça a entrevista em nosso TamborCast:

https://open.spotify.com/episode/0QB5GIDmzTsQ0Q0N6vsQuv?si=-9q9fztcSEquiXqJXp1g5A

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