Os índices de violência contra a mulher são alarmantes e vergonhosos. Segundo a Organização das Nações das Unidas (ONU), uma mulher é assassinada a cada 10 minutos no mundo.
Somente em 2023, no mínimo, 85 mil mulheres e meninas foram assassinadas de forma intencional no mundo, segundo relatório divulgado pela ONU Mulheres, na segunda-feira (25/11).
No Brasil, as estatísticas também são alarmantes e demonstram a urgência de fortalecer as redes de apoio e facilitar o acesso das vítimas à justiça. No ano de 2023, ao menos oito mulheres foram vítimas de violência doméstica, a cada 24 horas.
Os dados apresentados se referem, somente, a oito dos nove estados monitorados pela Rede de Observatórios da Segurança: Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo.
A informação consta do boletim “Elas Vivem: Liberdade de Ser e Viver”. Ao todo, foram registradas 3.181 mulheres vítimas de violência, representando um aumento de 22,04% em relação a 2022, quando Pará e Amazonas ainda não faziam parte do monitoramento.
Ameaças, agressões, torturas, ofensas, assédio e feminicídio são algumas das inúmeras formas de violências sofridas pelas mulheres. Os dados monitorados apontaram 586 vítimas, o que significa dizer que a cada 15 horas uma mulher morreu em razão do gênero, majoritariamente pelas mãos de parceiros ou ex-parceiros (72,7%).
No Maranhão, de janeiro a outubro deste ano, foram 55 feminicídios, o que representa um aumento de 27,91% em comparação ao mesmo período de 2023. Com uma taxa de 0,94 por 100 mil habitantes, o Maranhão possui o maior índice de feminicídios da Região Nordeste.
Diante desse cenário triste e caótico, a coordenadora do Fórum Maranhense de Mulheres, Mary Ferreira, professora e pesquisadora da Universidade Federal do Maranhão, reflete que é premente ampliar a luta por uma sociedade harmônica onde “as mulheres possam viver com dignidade, justiça e sem violência”.
Com informações Agência Brasil