
“O lucro exorbitante dos bancos não são vistos nas melhorias das condições de trabalho para bancários e, muito menos, em atendimento célere e de qualidade para os clientes” – essa é a avaliação do Sindicato dos Bancários do Maranhão (SEEB/MA), diante dos recordes de faturamento do segmento em 2024.
De acordo com a representação trabalhista, há uma discrepância entre os valores arrecadados e as condições precárias enfrentadas por bancários e clientes.
De acordo com os resultados, no ano passado, o Itaú fechou com R$ 41,8 bilhões de lucro, o Bradesco com R$ 19,6 bilhões e o Santander R$ 13,8 bilhões
O coordenador geral do SEEB/MA, Rodolfo Cutrim, ressalta que, invariavelmente, os bancos têm se mantido nesse processo de lucratividade a custo de muito esforço da categoria bancária, o que torna a situação insustentável.
“Eles (banqueiros) conseguem cada vez mais se apropriar da riqueza nacional produzida pela classe trabalhadora. Essa riqueza tão monstruosa traz efeitos colaterais para a sociedade, através da política de juros que esses bancos implementam, e para a classe bancária, que sofre com um adoecimento endêmico”, disse o Curim.
O coordenador comenta ainda que, mesmo com os altos lucros, os bancos diminuem o número de funcionários e fecham agências, exigindo um sacrifício muito grande de bancários, clientes e usuários.
Portanto, defende Curim, é “necessário implementar uma plataforma de controle desses bancos para fazer com que cumpram o seu papel social. Mas, para isso, é premente a união do Sindicato e toda a sociedade”.
Enquanto os lucros dos bancos sobem, o atendimento nas agências piora com filas longas e serviços cada vez mais precários, além das tarifas abusivas. Já os bancários adoecem devido ao estresse e a sobrecarga de trabalho.