Da Agência Tambor
Por Danielle Louise
19/05/2021
Foto: Divulgação
A mudança na legislação ambiental do Maranhão tem gerado repúdio na população moradora de territórios tradicionais e ativistas ambientais, além da sociedade maranhense.
João Otávio Malheiros, ambientalista e integrante da Associação Maranhense de Conservação da Natureza – AMAVIDA e Leidiane Quilombola, liderança do Movimento Quilombola do Maranhão – MOQUIBOM, participaram do Jornal Tambor, nesta quarta-feira (19), destacando alguns pontos que envolvem o tema.
O ambientalista, João Otávio, ressalta que a legislação ambiental vigente no estado já tem sido discutida por ser antiga. No entanto, é necessário que o debate seja de ampla participação da sociedade maranhense, da academia e sociedade civil.
Ele pontua que há descontentamento sobre a metodologia adotada nesta intenção de modificação das leis ambientais do Maranhão. Além disso, alega que a comissão, que está atuando nesta finalidade, não está abrindo espaço para a população e ela precisa estar presente na discussão.
O integrante da AMAVIDA também destaca que estas mudanças farão o Maranhão ser entregue para o que chama de “rolo compressor de investimento do capital”.
Para Leidiane Quilombola, o que está acontecendo não são ameaças e sim violências concretas no Maranhão.
Ela enfatiza que a preocupação sobre a proposta que está sendo construída, é que ela impacta não somente a terra, mas o território e todo modo de vida quilombola e de outras populações.
“Estamos sendo violentados, pois o estado está descumprindo uma lei e não ouvindo o povo do território para ver se é possível a implantação desse tipo de projeto”, denunciou.
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