Da Agência Tambor
Por Danielle Louise
19/04/2021
Foto: MST
O MST realizou a 15ª edição do Acampamento Pedagógico da Juventude Oziel Alves, realizado na Curva do “S”, em Eldorado dos Carajás, que abriu a Jornada Nacional de Lutas do Movimento Sem Terra. O evento acontece anualmente, em alusão ao massacre de Eldorado do Carajás, que completou 25 anos, no dia 17 de abril.
Nieves Rodrigues, comunicadora popular e militante do Coletivo de Juventude do MST no Pará e Renata Menezes, integrante da Coordenação Nacional do Coletivo de Juventude do MST, participaram do Radiojornal Tambor e comentaram sobre o acampamento e a jornada.
O evento deste ano teve grande parte das atividades feitas de modo online por conta da pandemia da Covid-19.
De acordo com Nieves Rodrigues, o acampamento é um espaço de formação para os jovens sobre a organização da formação política. Um momento de aprendizado e troca de experiências.
No dia 17 de abril, às ações do MST foram marcadas pela memória e denúncia aos 21 assassinatos de Eldorado do Carajás. A hashtag #Carajás25Anos, foi amplamente difundida nas redes sociais.
A ativista Renata Menezes, pontou que houve um aumento no casos de violências no campo desde o golpe de 2016, e que desde 2019, os números subiram ainda mais.
Para ela, o elemento em destaque é que estas violências não acontecem apenas na forma de perseguição, tortura e assassinato, mas também de outras como o conflito pela terra e pela questão ambiental em relação aos povos indígenas.
Renata também ressaltou o aumento dos conflitos durante a pandemia.
“Nesse momento da pandemia, a gente vem sofrendo essas violências de forma mais legalizada”, disse.
Ouça a entrevista completa em nosso TamborCast.