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João Carlos, novo presidente do PSOL no Maranhão, fala sobre desafios do partido

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) passa por um novo momento no Maranhão, com a posse de João Carlos como presidente estadual da legenda. Em carta pública recente, o dirigente faz um chamado à esquerda maranhense pela reconstrução da esperança e pelo resgate da utopia como horizonte coletivo.

A Agência Tambor tratou sobre esse assunto com João Carlos nesta quinta-feira (26/06), em entrevista ao programa Dedo de Prosa.

[veja a entrevista completa ao final da matéria]

Ex-militante do movimento estudantil e atualmente bancário em São Mateus (MA), João Carlos contou que sua trajetória política nasceu a partir da vivência das contradições sociais no cotidiano. “Comecei no movimento estudantil a partir da realidade concreta, observando as contradições. Não tinha outra forma de colocar essa indignação senão na ação, na vontade de transformar a realidade”, relembrou.

Na conversa, João também indicou o impacto da precarização do trabalho no engajamento político e na militância da juventude. Segundo ele, a lógica atual de exploração e desgaste impede a ação coletiva da população. “Hoje as pessoas não vivem, elas estão sobrevivendo. Quem passa 10 ou 12 horas trabalhando, vivendo pra boleto, não tem tempo pra pensar em política.” afirmou.

Ele pontuou que esse fato é ainda mais grave no interior do Maranhão, onde a concentração de poder político e a desigualdade social aprofundam a opressão contra os trabalhadores. “Quanto mais a gente se afasta da capital, mais dura é a realidade. Em Esperantinópolis, vi um rapaz — jovem, não tinha nem 18 anos — trabalhando das 7:00 da manhã até às 19:00 da noite pra ganhar 500 reais, além de ainda ter tempo do deslocamento. Isso antecede, inclusive, uma das pautas mais importantes que o PSOL tá colocando hoje, que é a discussão contra a escala 6×1”, apontou.

Para João, a mobilização popular precisa interagir com as pautas concretas da classe trabalhadora. “As pessoas estão revoltadas porque não têm tempo pra lazer, cultura ou pra se organizar. Essa é uma luta central, que o PSOL defende e que está mobilizando as pessoas”, complementou.

A entrevista completa com João Carlos está disponível no canal da Agência Tambor.

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