As Mulheres de Axé do Brasil (MAB) lançaram nesta terça-feira, dia 21 de março, às 13h, na sede da Defensoria Pública do Estado do Maranhão, na Avenida Júnior Coimbra, S/N, no Renascença II, em São Luís, a Campanha Nacional de Combate ao Racismo nas Instituições Públicas.
A MAB iniciou a campanha no dia que é definido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o “Dia Internacional Contra a Discriminação Racial” e que teve neste ano uma grande conquista com a Lei 14.519/2023 sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que instituiu o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, a ser comemorado anualmente no dia 21 de março.
Como nos anos anteriores, a ação foi iniciada no dia 1º de março e segue até o dia 21, quando é celebrado o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial.
Organizada de forma coletiva por movimentos, coletivos, escolas, universidades, sindicatos, artistas, intelectuais e ativistas ligados à luta antirracista, a campanha reúne atividades e trabalhos de organizações e personalidades negras em uma agenda que expressa a amplitude do combate ao racismo em nosso país.
Neste ano de 2023, a campanha exalta a importância de se defender a democracia após os ataques terroristas do dia 8 de janeiro em Brasília. Ao mesmo tempo, reforça a necessidade de ampliar o enfrentamento ao racismo estrutural para que a sociedade brasileira alcance de fato uma democracia plena.
O texto de apresentação da campanha diz que “a juventude negra continua sendo o alvo principal das forças policiais. A mulher negra sofre cada vez mais violências e violações, seja no trabalho, na educação ou nos alarmantes índices de mortalidade materna. As religiões afro-brasileira permanecem sob a mira de ataques de religiosos pentecostais”.
O mesmo texto diz ainda que “os povos indígenas lutam em defesa da vida, de suas terras e de suas tradições e pelo fim das contaminações em suas terras e rios. O mesmo pode se dizer em relação às comunidades quilombolas. A fome, o desemprego e a falta de oportunidades continuam sendo grandes tormentos para a vida das pessoas pobres no Brasil”.
O MAB foi criado com o objetivo de acolher, apoiar e oferecer formação visando a autonomia das mulheres dos terreiros e seus entornos, muitas delas vítimas de violência doméstica, racismo e intolerância religiosa e para manter as tradições oriundas de África na diáspora. Se encontra presente em vinte e dois estados brasileiros e núcleos estaduais em dezesseis deles, incluído o Maranhão.
Hoje, o Movimento de Mulheres de Axé do Brasil é uma rede de mulheres das mais diversas religiões de matriz afro-brasileira com representantes em outros dois países, Bolívia e Paraguai.
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