O Grupo de Pesquisa em Comunicação, Tecnologia e Economia (ETC), vinculado à Universidade Federal do Maranhão, lançou no dia 30 de junho, duas ferramentas para orientar a construção de redes e comunidades, bem como a mediação de saberes por meio de práticas de curadoria.
Trata-se dos protocolos “Tecer, Rendar e Urdir – Protocolo para criação de redes e comunidades”, de autoria de Sylmara Durans e Ramon Bezerra, e “Protocolo de Curadoria”, de autoria de Vitor Hugo Guimarães, Isys Basola e Ramon Bezerra Costa — todos vinculados ao Grupo de Pesquisa ETC.
O livro “Tecer, Rendar e Urdir” propõe incentivar e orientar a criação de redes e comunidades compostas por seres diversos, como alternativa às polarizações sociais presentes na contemporaneidade. A publicação também convida o leitor a interagir com os conteúdos, testando e contribuindo com a proposta. Para Sylmara Durans, construir redes e comunidades é algo vital: “Em uma sociedade marcadamente individualista, acreditamos que tecer redes e comunidades é uma necessidade e, em última instância, é o que garante a nossa existência.”
Já o “Protocolo de Curadoria” busca oferecer orientações práticas para lidar com o excesso de conteúdos e informações, em um cenário onde a abundância dificulta a escolha, a organização e a compreensão do que consumimos. Vitor Hugo Guimarães, um dos autores, explica que o protocolo também “informa sobre o que é curadoria, sua importância, sua história e apresenta exemplos de curadores e curadorias de diversas áreas”.
O professor do Departamento de Comunicação da UFMA, Ramon Bezerra, destaca que a proposta das publicações é aproximar os estudos desenvolvidos por estudantes de graduação e pós-graduação: “A ideia foi investir na divulgação científica e elaborar documentos de fácil e rápida consulta, por meio da aplicação de ideias tecnológicas — por isso os chamamos de protocolos.”
As publicações contam ainda com identidade visual e ilustrações originais assinadas por Camila Franciely Santos Araújo, graduanda do Curso de Comunicação Social – Jornalismo. As ilustrações, pensadas e realizadas por Camila, são guiadas pelos temas abordados nos dois protocolos e buscam refletir os respectivos conceitos. Trata-se de uma evidência de que arte e ciência podem caminhar juntas como parte do processo de elaboração de novos sentidos.
As pesquisas que deram origem aos protocolos contaram com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), por meio de edital de ecossistemas de inovação e bolsa de iniciação científica. O CNPq também ofereceu uma bolsa na mesma modalidade.
Os e-books são gratuitos e estão à disposição na plataforma do Grupo de Pesquisa em Comunicação, Tecnologia e Economia -ETC.