Ed Wilson
Centrais sindicais, estudantes e movimentos sociais em todo o Brasil estão mobilizados para a Greve Nacional da Educação, que será realizada quarta-feira, 15 de maio. O objetivo da greve é combater os cortes no orçamento da educação, anunciados pelo governo federal. No Maranhão as manifestações estão confirmadas nas cidades de Imperatriz, Açailândia e São Luís.
Na capital haverá manifestação na porta da Ufma (Universidade Federal do Maranhão), no campus do Bacanga, dia 15 (quarta-feira), a partir das 6 horas da manhã. Às 14 horas, estudantes e professores do Ifma (Instituto Federal) seguirão em caminhada do campus do Monte Castelo até a praça Deodoro, onde haverá a concentração geral às 15 horas, seguida de caminhada pela rua Rio Branco, Beira-Mar e ato público na praça dos Catraieiros, no Centro Histórico de São Luís.
Em Imperatriz haverá um ato unificado às 8 horas, na praça Brasil, organizado por estudantes e professores da rede estadual de ensino e das instituições Ufma, Uemasul, Instituto Federal e rede municipal. Na cidade de Açailândia várias entidades estão organizando ato público às 14 horas, na praça do Pioneiro.
As mobilizações desta quarta-feira são um aquecimento (“esquenta”) para a greve geral da classe trabalhadora convocada para 14 de junho pelas centrais sindicais, estudantes e os movimentos sociais.
A greve nacional da educação tem como principais reivindicações a defesa da educação pública e da aposentadoria, contra a reforma da Previdência, valorização das instituições públicas e suspensão do corte de 30% no orçamento da Educação.
O corte de 30% para a área da Educação ameaça o funcionamento de universidades, institutos federais e escolas técnicas em todo o país. Algumas instituições de ensino chegaram a anunciar que podem fechar as portas, caso a redução do orçamento seja mantida pelo governo federal.
A Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), uma das principais entidades que fomenta pesquisas de pós-graduação no Brasil, corre o risco de sofrer um corte de pelo menos R$ 580 milhões no orçamento de 2019.
A redução suspende o pagamento de bolsas na pós-graduação e também prejudica pesquisas em diversas áreas, como a produção de vacinas, medicamentos, na agricultura, formação de mão de obra e geração de empregos.