
Lideranças dos povos Akroá-Gamella, Kariú-Kariri, Tremembé do Engenho e Tremembé da Raposa estão denunciando a FUNAI pela demora nos processos que garantirão a demarcação de seus territórios.
As lideranças relatam que já buscaram a instituição diversas vezes para cobrar o andamento dos processos administrativos de demarcação dos territórios.
O Jornal Tambor de sexta-feira (14/03) entrevistou Gabriel Serra, advogado do Conselho Indigenista Missionário, e João Tremembé, liderança dos povos originários do município de São José de Ribamar.
(Veja, ao final deste texto, o Jornal Tambor com a íntegra de Gabriel e João)
Segundo o indígena, a lentidão da Funai no processo demarcatório dos territórios acaba facilitando a entrada de mais invasores e o aumento da violências contra os povos.
Além disso, as consequências para os indígenas são alarmantes. Para João, é urgente que o órgão avance nos processos.
“Estamos pedindo ajuda. Nosso território já passou por diversos casos de violências de grileiros, que invadem e destroem”, afirmou a liderança.
De acordo com o advogado, a falta de servidores destinados ao suprimento da equipe de trabalho e a ausência de respostas da Funai sobre as dúvidas das lideranças e das assessorias jurídicas, acaba ocasionando a morosidade da demarcação.
“A FUNAI tem um servidor para atender e receber essas demandas. O órgão foi feito para proteger esses povos , fazer interlocução com os demais órgãos públicos. No entanto, possui problemas que vem impactando no processo demarcatório desses territórios”, ressaltou Gabriel.
O outro lado
A Agência Tambor entrou em contato com a FUNAI, para saber sua posição a respeito desse assunto denunciado na matéria.
Assim que obtivemos retorno o texto será atualizado.
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Gabriel e João)