Da Agência Tambor
Por Danielle Louise
03/06/2020
O médico, epidemiologista, professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Antônio Augusto Moura da Silva, conversou com a Agência Tambor, nesta terça-feira (2), sobre os dados apresentados da Covid-19 no estado.
Ele esclareceu que a curva de contágio do vírus na Grande Ilha, diminuiu com a determinação do lockdown (tranca rua). No entanto, segundo ele, o esforço exercido para a contenção do espalhamento da doença, pode ser ineficaz com a reabertura do comércio, decretada pelo governador Flávio Dino.
Antônio Augusto apontou que há um risco do aumento da doença em São Luís.
“O isolamento inicial no Maranhão, não atingiu a redução da mobilidade que seria em torno de 60 a 70%. Os modelos (epidemiológicos), mostram uma transmissão ativa na cidade.”, explicou o professor.
Segundo ele, o lockdown (tranca rua) deveria ter sido prolongado para que fosse efetivo na diminuição da infecção do novo coronavírus na capital.
As pressões, bem como a falta de auxílio aos mais vulneráveis, por parte do governo federal, de acordo com o professor, estimularam à reabertura do comércio.
Além disso, Antônio Augusto também destacou a dificuldade da realização dos testes do novo coronavírus no Brasil.
O professor esclareceu que os testes moleculares exigem equipamento, pessoal treinado e toda uma infraestrutura. E, durante anos, o país está com o problema de falta de investimento no setor da saúde.
“Um legado que a pandemia vai deixar são os laboratórios moleculares mais bem equipados”, indicou o médico.
Para ouvir a entrevista completa confira o nosso TamborCast.